Entre os dias 28 de fevereiro e 21 de março deste ano, o número de
casos notificados de dengue quase dobrou em Mato Grosso, passando de 1.861 para
3.562 registros. Os dados são do levantamento da Vigilância Epidemiológica,
divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), nesta sexta-feira (27).
Ainda conforme o relatório, 27 municípios do estado estão em alerta por conta
do alto índice de infestação e 13 cidades têm risco de epidemia da doença.
São elas: Araputanga, Campo Novo dos Parecis, Carlinda,
Guiratinga, Ipiranga do Norte, Juína, Marcelândia, Nova Guarita, Riberãozinho,
Rio Branco, Santa Carmem, São José do Povo e Sorriso. Dos 141 municípios,
apenas 20 apresentam índice satisfatório, com infestações abaixo de 1%. As
informações são referentes aos índice de infestação predial.
Cuiabá
A única capital brasileira com risco de uma epidemia de dengue, de
acordo com os dados do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti
(LIRAa), ainda não divulgou os números referentes a esse período. No entanto,
segundo a assessoria da SES, a cada 10 mil habitantes, cinco correm risco de
contrair a doença na capital.
Segundo a médica da equipe técnica epidemiológica da SES, Silbene
Lotufo Muller, as chuvas constantes influenciaram o aumento dos casos. “O
período chuvoso apresenta as condições favoráveis para a reprodução do Aedes
aegypti, transmissor da dengue e da febre chikungunya. Por isso, estamos
atentos a proliferação do vetor, monitorando semanalmente a progressão dos
casos”.
Na última terça-feira (24), a SES confirmou a morte de um homem de
28 anos, vítima de dengue na cidade de Sapezal, a 473 km de Cuiabá. De acordo
com a assessoria da SES/MT, essa foi a primeira morte em decorrência da doença
registrada este ano no estado. Outras cinco estão sob investigação, sendo duas
em Cuiabá, uma em Várzea Grande, na região metropolitana, outra em Tangará da
Serra e a quinta em Nova Mutum.
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