A prefeita de Sapezal (a 477 km de Cuiabá), Ilma Grisoste Barbosa
(PSD), ressalta que não tinha conhecimento sobre as irregularidades envolvendo
a empresa, que figurou como única concorrente em licitações do município e de
Cuiabá. A empresa estava desativada há mais de 10 anos e recentemente passou a
participar e vencer licitações, utilizando-se para tanto de documentos falsos,
que não poderiam ter sido emitidos por uma empresa inativa.
Neste sentido, a prefeita afirma que só tomou conhecimento do caso
por meio da imprensa. Reforça ainda que nenhum dos mandados foram cumpridos na
cidade e que a empresa preencheu todos os requisitos da lei das licitações e,
por isso, não foi possível identificar a existência de fraudes nos documentos.
“Já acionei a minha equipe jurídica para que entre em contado com a
Controladoria-Geral da União (CGU) em busca de orientações. Se necessário vamos
cancelar a licitação”, explica em entrevista ao Rdnews.
A social-democrata justifica que os recursos são provenientes do
PAC 2 e que as verbas serão destinadas à execução da construção de uma lagoa de
tratamento de esgoto e de mais de 900 ligações para coleta de esgoto. “Hoje não
temos nada na cidade”. Segundo a prefeita, em princípio, os recursos seriam
aplicados em asfalto, mas diante da carência, foi solicitado o remanejamento
para saneamento.
Ilma garante que todos os passos foram acompanhados pela Funasa e
pela própria CGU, sendo que, em nenhum momento, houve alguma orientação contra
a empresa Modelo, que se sagrou vencedora do certame em dezembro do ano
passado. “O nosso edital, inclusive, foi encaminhado para a própria CGU e feito
em conformidade com as orientações repassadas pela Controladoria”, salienta.
Por fim, ela explica que, após aval da Funasa, foi emitida a ordem de serviço,
em 8 de abril, e que a expectativa era de que as obras começassem nos próximos
dias. RDNews
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