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Ex-governador levado ao cárcere com ex-secretários por falta de pulso e roubalheira

SILVAL BARBOSA: Foragido da Justiça
PEDRO NADAF: está preso
MARCEL DE CURSI: está preso
ROSELI BARBOSA: Ex-presidiária
SÍLVIO CORRÊA: Ex-presidiário

Romilson Dourado
Silval Barbosa não teve na cadeira de governador, ocupada por quase cinco anos, o olhar cuidadoso para com a coisa pública, diferente do passado, quando dedicava horas às minuciosidades exigidas na atividade garimpeira em busca de pedras preciosas. Foi um inoperante na vida pública, um frouxo, sem pulso para conter a sede e o ímpeto de muitos corruptos da equipe.

E devido a essa falta de zelo, misturou o público com o privado, roubou e deixou roubar o Estado. Começa agora a pagar muito caro por isso. Não há cena mais humilhante, deprimente e constrangedora do que autoridade aparecer algemada aos olhos da sociedade.

Acusado de corrupção e de lavagem de dinheiro, Silval voltou ao noticiário como foragido da Justiça. Está com a preventiva decretada. É possível que se entregue nesta quarta. Torna-se o primeiro ex-governador de MT a ir para cadeia.

Dois ex-secretários se encontram em cárcere e três ganharam a liberdade. Estão presos Pedro Nadaf, que foi da Indústria, Comércio, Minas e Energia e depois da Casa Civil, e também Marcel de Cursi, que comandou a Fazenda. O esquema ilegal estava na concessão de incentivos fiscais. Nadaf, por exemplo, teria cobrado mais de R$ 2 milhões em propina para liberar incentivos a um grupo empresarial, segundo apontam as investigações da Delegacia Fazendária.

Silval deixou os últimos dois anos correr livre. Não tinha mais autonomia para impedir as traquinices de parte da equipe. O poder da caneta saiu do seu gabinete para a Casa Civil. Ali Nadaf ditava as regras. O governo peemedebista interrompeu obras, instituiu o calote e disseminou a crise para todos os setores, especialmente na saúde.
Muitos comentavam na época que a gestão Silval havia sido fatiada em grupos e cada um dos cabeças estaria “passando o rodo”.  O bochicho era forte sobre esquemas de corrupção para todo lado. Mas nem os órgãos fiscalizadores acreditavam nessas informações de bastidores.

Oito meses depois de encerrado o mandato do peemedebista e, considerando os prejuízos milionários ao Estado já descobertos e as várias frentes de investigação que culminaram em prisão de outros ex-secretários de Silval, como Roseli Barbosa, Sílvio Correa e Eder Moraes, conclui-se que Silval foi um despreparado num cargo incompatível e que acabou jogado aos leões. Caiu em desgraça. Morreu socialmente.

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