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ARTIGO: Reflexo da má qualidade da educação básica na formação de novos profissionais graduados

Por Andressa Bertoldi

É possível perceber que os números de novos profissionais graduados vêm crescendo a cada ano graças as diversas oportunidades e auxílios que o governo federal disponibiliza, mas esse auxilio por vezes não vem sendo utilizado por estudantes dedicados, o que acaba por formar profissionais menos eficientes em sua área de trabalho.

Quando encontramos um graduando com sérios problemas de aprendizagem em sua área de ensino, observamos o quanto à qualidade da educação básica vem diminuindo, planos e projetos educacionais são vinculados as redes de educação, porem, a qualidade vem caindo mais com abandono escolar, a não alfabetização, falta de concentração dos alunos, desinteresse, violência e indisciplina que corroboram com a cronicidade dos problemas de aprendizagem.

A fim de entender a possível causa do aparecimento de novos profissionais com qualificações, por vezes, inferior aos antigos, este trabalho vem pesquisar o interesse de alunos de anos finais do ensino fundamental e seus interesses para o futuro, para analisar se há relação entre a educação básica inicial fraca e a formação de profissionais de mesmo nível.

O trabalho foi realizado em adolescentes de 13 a 16 anos de series finais do fundamental, a fim de abordar este problema de forma publica para haja maior dedicação dos órgãos públicos com as séries iniciais.

O que preocupa os professores é pensar em que forma esses jovens chegaram a séries avançadas e a graduação sem saber ler e escrever, ou fazendo isso ineficientemente.

Para compreender o que os jovens da educação básica esperam de seus futuros profissionais realizou-se um questionário com alunos de séries finais do ensino fundamental de uma escola municipal de bairro mais carente da cidade de Sorriso- MT.

O questionário aborda de forma subliminar se aluno saber ler, escrever e interpretar, as perguntas são referentes à profissão que pretendem seguir quando adultos e os caminhos que pretender tomar para alcancem esse desejo.

Analisando os questionários foi possível notar o índice de jovens com grandes dificuldades na escrita, sendo 47%, um valor alarmante se tratando de jovens prestes a ingressar no ensino médio.

Dos 53% restantes, os quais estavam respondidos e que existia coerência nas respostas, observou-se que os alunos entendem a importância da escola para seu futuro, sabem da função de lhes ensinarem o básico para entrarem no mercado de trabalho e então em uma universidade, e destes 78%, pretendem cursar o ensino superior.

O que preocupa os professores que estão em sala é que parte desses alunos que pretendem cursar uma universidade não estarão aptos a compreender com qualidade o que se é trabalhado em um curso superior, e que em alguns casos, devido essa dificuldade acabam por desistir, ou fazem de qualquer jeito, prejudicando os demais que seriam mais esforçados, e a qualidade das aulas dos professores, que tem de repassar conteúdos de educação básica em classe universitária.

Através desses estudos entende-se que a educação brasileira não esta em seu melhor momento, observa-se que o problema se inicia no fundamental I onde as crianças deveriam ser alfabetizadas, e uma boa parte chegam ao ensino médio sem saber ler e escrever, ou não sabendo interpretar o que esta lendo, o que também é muito grave no ponto de vista de compreensão e aprendizagem.

Neste contexto é possível ver desde já como será o futuro do país já que essa deficiência na aprendizagem hoje será refletido nos jovens que entraram nas instituições de ensino superior sem o conhecimento básico para formar bons profissionais habilitados, dessa forma diminuindo os níveis de qualificações.

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AUTORA: Andressa Bertoldi . Reside em Sorriso – MT; CEP.

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