O
esgotamento do atual ciclo partidário que alternou na sede da presidência da
República, o PT por 12 anos e a caminho para 16 e o PSDB por oito anos, está
levando a atuais siglas partidárias a repensarem seu futuro e tentarem se
reforçar para enfrentar os próximos pleitos eleitorais.
Após
o PTB e o DEM anunciarem a fusão que está em andamento, agora foi a vez do PSB
e o PPS anunciarem e acelerarem o processo para já enfrentar a disputa eleitoral
de 2016, caso as regras eleitorais não mudem por causa da reforma política.
O
cuidado de todas as siglas ao anunciarem a fusão é para abrir a perspectiva de
novas filiações de outros partidos sem que os antigos reclamem a troca dentro
do entendimento jurídico da fidelidade partidária. O presidente do PSB, Fábio
Garcia e o deputado Oscar Bezerra confirmaram que está em andamento a fusão de
ambas as siglas e que a mesma ainda não havia se concretizado por causa de
questões relacionadas ao nome do futuro partido que não deverá se alterar,
permanecendo como PSB. A ideia é que até junho estejam concluídos todos os
entendimentos pela fusão partidária que está esbarrando na questão do nome e do
número da nova sigla.
O
senador José Medeiro, único membro do PPS no Senado, vê com bons olhos a ideia
da fusão, mas ponderou que é preciso antes de qualquer coisa ouvir o clamor das
ruas para não se comprometer mais a estrutura partidária no Brasil que está
indo na contramão do entendimento da população e nas manifestações das ruas.
Caso
a fusão se concretize a nova agremiação terá três governadores, 7 senadores com
a possibilidade de chegar outros dois, 45 deputados federais, 92 deputados
estaduais, 568 prefeitos, 5.831 vereadores e 842 mil filiados.
No
caso de Mato Grosso, o PSB além do prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes, terá dois
deputados federais, o presidente Fábio Garcia e Adilton Sachetti e três
deputados estaduais, Oscar Bezerra, Max Russi e José Eduardo Botelho. Com a
chegada do PPS, o grupo passaria a ter o senador José Medeiros e outro grande
expoente, o prefeito de Rondonópolis, Percival Muniz.
“Estamos
analisando e vendo como se dará toda essa questão e convictos de que passaremos
em Mato Grosso a estar entre as três maiores siglas partidárias e com amplas
chances de consolidar nossa situação nas eleições de 2016 com olhos em 2018
quando o Brasil deverá inaugurar um novo momento político que interrompa este
ciclo vicioso e de alternância entre o PT e o PSDB”, disse Fábio Garcia. Diário de Cuiabá
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