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'Recheado' de convites para mudar de partido, Taques recebe Carlos Lupi e avalia cenário

 Ronaldo Pacheco
Foto: Mayke Toscano / Gcom-MT
'Recheado' de convites para mudar de partido, Taques recebe Carlos Lupi  e avalia cenário
O semblante descontraído, quase risonho, antes de responder denotava a tranqüilidade do governador José Pedro Taques (PDT) ao abordar sua situação de instabilidade no Partido Democrático Trabalhista. Ele já não franze mais o cenho para falar do momento crucial pelo qual atravessa, na agremiação em que se elegeu senador da República em 2010 e, depois, chefe do Poder Executivo de Mato Grosso, em 2014.

“Não decidi nada, ainda [sobre sair ou ficar], sobre o assunto. Mas continuo pensando. O presidente nacional do PDT vem aí, nesta quinta-feira[16], conversar comigo. Vamos ver”, afirmou Taques, à saída do auditório do Cenarium Rural, após participar da abertura do Seminário ‘Cresce Mato Grosso – Educação, Política e Economia por uma sociedade melhor’, para a reportagem do Olhar Direto.

Pedro Taques confirmou que recebeu convites de vários partidos para deixar o Partido de Leonel Brizola, inclusive de alguns dos principais aliados, como PSDB, PSB, PPS e PV. “Sim, ‘choveram’ convites. Eu só posso pensar nisso [convites] depois que definir [sobre a saída do PDT]. Mas é bom ver que a expectativa é boa”, pontuou ele.

Desde que se elegeu senador, em 2010, Pedro Taques vive às  turras com a Executiva Nacional do PDT, principalmente por causa de sua bandeira de combate à corrupção. Ele sempre cobrou duramente que os escândalos do governo Dilma Rousseff foram investigados e os culpados, punidos, enquanto o PDT tentava ‘enquadrá-lo’, na base de apoio do Palácio do Planalto.

Na chamada ‘faxina ética’, em 2011, que culminou com a demissão de Carlos Lupi do Ministério do Trabalho, por contratos suspeitos com organizações não governamentais (ONGs), hoje ocupado por Manoel Dias (PDT), Pedro Taques foi um dos primeiros a exigir que o partido entregasse o cargo. Dilma demitiu Lupi em dezembro de 2011, em meio a uma enxurrada de denúncias de corrupção.

Ameaçado de sanções internas, Pedro Taques confessou a interlocutores privilegiados que se fartoude ser repreendido pelo PDT nacional, por “defender o que é certo”. Então, permitiu o ‘vazamento’ de sua possível saída e conseguiu a atenção de Carlos Lupi. Após ser considerado “com um pé” no PSB, é provável que Taques permaneça no PDT.

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