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Também fui enganado pela Dilma, diz Blairo em audiência com ministro

O senador Blairo Maggi (PR) volta a criticar o Governo Dilma Rousseff (PT), durante audiência pública, nesta quarta (29), na Comissão de Infraestrutura do Senado, com o ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues. Na ocasião, Blairo cobrou o pagamento às empresas que já prestaram serviços de infraestrutura ao Governo e desabafou ao dizer que foi contra todos aqueles que não queriam a continuidade deste governo. “Hoje eu vejo que estava errado”, admitiu.

Para o republicano, a duplicação da BR-163, no trecho que compreende Cuiabá e Rondonópolis,​ é uma questão de honra​, e alerta que é preciso pagar as empreiteiras que executaram parte das obras na rodovia. Blairo disse que o trecho de duplicação da BR em Mato Grosso do Sul, ​que começa em Guaíra, e vem até a divisa em Mato Grosso, são 800 km, é todo concessionado, e a velocidade das obras é muito grande. “Em Mato Grosso,​ metade é público, metade é privado, tínhamos que achar uma forma de entregar tudo isso para a iniciativa privada. Na crise​,​ nós temos que buscar soluções, e às vezes temos que abrir mão​,​ já que não temos condições de fazer o normal. Pagar as empresas que estão trabalhando neste trecho, em detrimento das demais, seria uma forma de fazer até justiça”, explicou.

O senador também ponderou a postura do Governo em relação ao arrocho fiscal para cumprimento da meta de superávit. Conforme ele, não está sendo feita a contento, sob pena de comprometer diversos setores da economia. Blairo afirmou que o Estado não tem condições de continuar como está, uma vez que as empresas estão com dificuldades em razão de terem executado parte das obras e ainda não terem recebido.

De acordo com o republicano, o transtorno social e econômico é grande, tendo em vista as conversas que teve com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, na qual insiste em dizer que erra ao fazer o ajuste fiscal. “Não discuto a necessidade em faz​ê​-lo, mas fazer sobre os projetos que nós temos pela frente. O Governo pode escolher o que lançar, ou não, mas, deixar de pagar os fornecedores que já executaram os serviços é calote, só tem esse nome. O Governo autorizou, mediu, processou e na hora de pagar não paga, por que o ministro da Fazenda está fazendo um superávit primário com dinheiro do passado?”.

Diante das declarações de Blairo, o ministro de Infraestrutura reconheceu a crise e assumiu que ainda não tem condições de pagar as empresas que trabalharam em obras de infraestrutura no país. “Eu nunca imaginava chegar no início de maio sem saber o que tenho de recursos. Não posso esconder o que está acontecendo no Brasil. Os telefonemas que tenho recebido nestes últimos quatro meses são por falta de pagamento às empresas. Tenho o maior prazer em retornar a essa Casa com dados. Enquanto eu não souber o que tenho no caixa, não vou poder pagar as empresas”, disse.

Blairo x Dilma

O senador ainda disse que se sente enganado pelo Governo da presidente Dilma Rousseff, quando o assunto em pauta são os recursos destinados a Mato Grosso. Segundo ele, politicamente apoiou a presidente, subiu no palanque, pediu voto e fez isso em nome de projetos para o Estado. “Assim, como muita gente se sente enganada, eu também me sinto. Lá (MT)​,​ nós perdemos a eleição e eu fui contra a maioria do povo do meu Estado​,​ que não queria mais a continuidade desse Governo. Mas, em nome dos projetos para Mato Grosso​,​ eu fui e disse: ​E​ssa é a melhor opção. Hoje, vejo que quem estava errado era eu. Aqueles que foram contra mim estavam certos. Por isso, me sinto na obrigação de reclamar”. (Com Assessoria)

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