YURI RAMIRES
A
Secretaria de Educação do Estado (Seduc-MT) quer fortalecer as políticas
segurança dentro das escolas de Mato Grosso, para evitar que episódios
envolvendo todos os tipos de violências deixem de acontecer no ambiente
escolar. O último caso registrado envolveu uma educadora, que levou um soco de
um estudante de 12 anos, dentro da Escola Estadual Dom Wunibaldo Taller, em
Rondonópolis (218 km de Cuiabá).
Na
última quinta-feira, a professora e coordenadora pedagógica da Escola Estadual
Dom Wunibaldo Taller foi atingida por um soco no rosto, ao tentar separar dois
estudantes da 6º série do Ensino
Fundamental,
que brigavam na sala de aula.
Após
o episódio, a professora Luciene Carloto procurou a Polícia Civil e registrou
um Boletim de Ocorrência (B.O), procedimento defendido não só pela Seduc, mas
também pelo Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso
(Sintep-MT).
Além
da professora, o estudante tentou agredir outros colegas. Quando contido, foi
defendido pela educadora para não ser linchado pelos estudantes, que estavam
revoltados.
Maria
Célia, do Sintep em Rondonópolis, explicou ao Diário que situações envolvendo
violência física não são rotineiras, mas ainda assim, são registrados outros
tipos.
“Não
há dados exatos, mas isso nos leva a refletir as condições de trabalho que
somos expostos, bem como a formação que os profissionais receberam para agir
nesse tipo de situação”, reforçou Maria.
De
acordo com Paulo Junior Santana, da Coordenadoria de Projetos Educacionais da
Seduc, nessas situações envolvendo violência o órgão fica numa situação
complicada. “Não é uma atribuição nossa, e sim de outras instituições, como a
Segurança Pública”, disse.
A
Seduc está trabalhando com a prevenção e orientação desse tipo de caso e, por
se preocupar com a integridade de professores, funcionários e estudantes, tenta
se aproximar ao máximo desses órgãos que combatem diretamente a violência.
Para
dar mais serenidade ao ambiente escolar como um todo, Educação e Segurança
Pública devem desenvolver mais ações em conjuntos, bem como fortalecer as
existentes. O exemplo disso são as rondas escolares e a presença de um policial
para ministrar cursos com estudantes em horários alternativos, travando
diálogos sobre violência, consumo de drogas e outros assuntos.
“Vamos
implementando essas ações, que são de longo prazo. De imediato, o que fazemos é
orientar as escolas sobre os passos que devem ser tomados”. Para o próximo ano,
conforme Paulo, um curso de formação deve acontecer para preparar os
profissionais em casos dessa natureza, que a sociedade em geral espera que não
voltem a ocorrer.
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