MARCOS
LEMOS
A
fragilidade interna, por falta de líderes políticos, está levando o PSD a ser
assediado pelo PMDB, ao ponto do presidente dos peemedebistas, o cacique Carlos
Bezerra, ter formalizado a deputada Janaina Riva, filha de José Geraldo Riva,
convite para que trocasse de partido e trouxesse novos líderes, reforçando as
fileiras de um dos mais importantes partidos do Brasil.
A
sinalização a Janaina Riva, pode levar outros dois deputados para as fileiras
peemedebistas, o atual líder do Bloco Social, Trabalho e Democracia, Gilmar
Fabris e o também deputado Pedro Satélite que já foi filiado ao PMDB.
Ambos
os parlamentares que defendem a unidade do grupo que elegeu quatro deputados,
tendem em acompanhar a Janaina Riva, ainda mais após a crise interna vivida
pelo PSD por imposição da Executiva Nacional em entregar o partido em Mato
Grosso para o ex-deputado Roberto Dornner.
“Não
tenho como permanecer num partido sem liderança e que as disputas internas
podem se tornar ainda mais prejudiciais”, disse a deputada Janaina Riva,
sinalizando que o convite do deputado Carlos Bezerra é bem-vindo e passível de
ser analisado.
Janaina
Riva sinalizou que no último encontro do PSD pode se presenciar uma divisão
interna muito grande que acaba promovendo o distanciamento da sigla da
população e do seu clamor por mudanças.
“Para
um bom desempenho parlamentar precisamos ter um partido forte, sendo que para
isto se faz necessário comando e infelizmente o PSD hoje está sem comando e
sendo administrado indiretamente pela Executiva Nacional quando não pelo
ministro das Cidades, Gilberto Kassab”, frisou Janaina Riva.
A
postura de Janaina Riva vem de outro posicionamento, que foi do deputado Gilmar
Fabris, líder do Bloco Social, Trabalho e Democracia que contestou a decisão da
Executiva Nacional de entregar o partido em Mato Grosso para o ex-deputado
Roberto Dornner, o que provocou uma reação por parte da quase totalidade de
prefeitos da sigla.
A
ausência do ainda presidente do PSD, o ex-vice-governador do Estado, Chico
Daltro, também acabou por levar a críticas que ganharam força principalmente
após a derrota do partido nas eleições de 2014, quando se restringiu a quatro
deputados estaduais e não ter conseguido emplacar nenhum deputado federal.
Certo
mesmo é que diante das novas regras que se avizinham no Congresso Nacional que
analisa a Reforma Política que deverá nortear as eleições municipais de 2016 e
prevê o que os deputados federais resolveram chamar de ‘freio de arrumação’,
que seria um prazo de 60 dias até 01 de outubro para que os atuais detentores
de mandato legislativo possam trocar de partido sem ferir o princípio da
fidelidade partidária.
Fora
a crise interna que o PSD vive as articulações do ex-presidente e ministro
Gilberto Kassab em refundar o Partido Liberal para promover meio legais para a
troca de partidos sem ferir o instituto da fidelidade partidária, com o intuito
de diminuir a força partidária do PMDB, acabou em parte sendo barrada pelo
próprio Congresso Nacional que estabelece um prazo de 5 anos de existência para
que um partido político possa se fundir com outra sigla.
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