DO
DIÁRIO DE CUIABÁ
Governador Pedro Taques ainda não anunciou oficialmente sua saída do PDT |
Está
previsto para amanhã a presença do ministro do Trabalho Manoel Dias em Mato
Grosso para cumprir agenda oficial, mas que também deverá desaguar nas
tratativas que seu partido, o PDT, faz para evitar que o governador Pedro
Taques deixe a sigla sob alegação de desconforto quanto à postura nacional de
apoio ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT).
Sem
uma decisão tomada em definitivo, mas sinalizando que dificilmente permanecerá
no PDT, o governador Pedro Taques recuou quanto ao seu endurecimento partidário
por interesses diversos, como a real possibilidade do PDT desembarcar do
governo federal.
O
próprio presidente nacional do PDT, Carlos Luppi, que esteve há 60 dias reunido
com o governador Pedro Taques em Mato Grosso já teria sinalizado em relação ao
descontentamento do partido com o governo federal e a possibilidade do partido
inclusive disputar a sucessão presidencial em 2018, quando a presidente Dilma
Rousseff não poderá mais disputar já que foi reeleita em 2014.
O
provável desembarque do PDT do governo federal até estimulou o governador Pedro
Taques a permanecer na sigla, mas injunções do próprio PSDB que está dividido
entre os que querem a filiação de Taques ao ninho tucano e aqueles que preferem
mantê-lo no PDT com o compromisso de trabalhar para que a sigla apoie um novo
projeto de governo para o Brasil, fizeram com que o chefe do Executivo de Mato
Grosso, refluísse em sua posição inicial de deixar a agremiação.
Pedro
Taques passou a ser assediado também por outras agremiações que lhe agradam,
como o PSB, que após o baque da morte prematura de Eduardo Campos, começa a se
reestruturar e novamente se impor como sigla que tem condições de assumir
disputas nacionais e regionais arregimentando outras siglas e construindo novos
projetos.
O
PSB recentemente chegou a discutir uma possível fusão com o PPS que ampliaria
ainda mais o poder político da nova sigla em termos de fundo partidário e de
tempo de rádio e televisão no Horário Eleitoral Gratuito que se tornou
fundamental principalmente nas eleições majoritárias.
Pedro
Taques esteve reunido tanto com os tucanos do PSDB que chegaram a ter a
preferência do então procurador da República quando este deixou o cargo para
entrar na vida político-partidária, mas optou pelo PDT. Também esteve reunido
com a alta cúpula do PSB, que hoje tem o vice-governador do Estado de São
Paulo, Márcio França, que sempre foi homem de confiança de Eduardo Campos e deverá
suceder o governador Geraldo Alckmin na disputa pelo governo do Estado de São
Paulo, administrado nos últimos 20 anos pelo PSDB.
Aliás,
no último final de semana passado, durante a realização da convenção do PSDB de
São Paulo, Geraldo Alckmin teve seu nome lançado como candidato a presidente da
República em 2018, tentando por fim nos quatro mandatos consecutivos do PT
frente ao governo do Brasil. Pedro Taques e Geraldo Alckmin viajaram
recentemente aos Estados Unidos para discutirem linhas de financiamentos e para
participarem da homenagem ao ex-presidente da República, Fernando Henrique
Cardoso, o que gerou maior especulação a respeito do destino partidário do
governador de Mato Grosso.
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