Roseli Barbosa foi presa em São Paulo sob acusação de ter liderado
um esquema que desviou mais de R$ 8 milhões dos cofres públicos
KAMILA ARRUDA
Considerada pelo Ministério Público a chefe de um esquema
criminoso que desviou mais de R$ 8 milhões dos cofres da Secretaria de Trabalho
e Assistência Social (Setas), a ex-primeira-dama Rosei Barbosa (PMDB) foi presa
na tarde desta quinta-feira (20) em São Paulo.
A peemedebista também teve diversos bens imóveis sequestrados pela
Justiça. A medida é fruto da 2ª fase da Operação Arqueiro, deflagrada pelo
Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), que foi denominada
Ouro de Tolo.
Além dela, também foram presos Rodrigo de Marchi, servidor da
Setas; Nilson da Costa e Farias, intermediário entre os servidores e um
empresário que colaborou com a Justiça; além de Sílvio Cézar Corrêa Araújo, que
foi chefe de Gabinete do ex-governador Silval Barbosa (PMDB).
Sílvio e Rodrigo encontram-se detidos no Centro de Custódia,
enquanto Nilson foi levado para o Centro de Ressocialização de Cuiabá, o antigo
Carumbé. A primeira-dama, por sua vez, ocupará uma cela individual no presídio
feminino Ana Maria couto May. Ela deve retornar à capital nesta sexta-feira
(21).
Os mandados foram expedidos pela juíza da 7ª Vara Criminal de
Cuiabá, Selma Rosane de Arruda.
O esquema comandado pela peemedebista se dava por meio de fraude
em licitações. Ela esteve à frente da secretaria de 2011 a 2013. Para tanto, o
grupo criou fictícias instituições privadas sem fins lucrativos para executarem
convênios de demandas vinculadas ao fomento do trabalho e assistência social no
Estado.
Esses convênios eram firmados com institutos de fachada. Além do
superfaturamento dos valores dos serviços a serem executados, foram constatadas
também a ausência de execução física do contratado e prestação dos serviços de
péssima qualidade.
Conforme o Gaeco, 40% do valor desviado ficava com Roseli Barbosa.
Outros 36% eram devolvidos aos empresários envolvidos no esquema e 24% eram
rateados entre Nilson e Rodrigo.
Parte do dinheiro teria sido destinado para o pagamento de dívidas
de campanhas eleitorais. Em um dos casos apontados na ação, o chefe de gabinete
do então governador Silval Barbosa, quitou uma dívida de R$ 418 mil com o
empresário colaborador mediante retenção de propina.
A primeira fase da operação ocorreu em abril do ano passado. Na
oportunidade, diversos mandados de busca e apreensão foram cumpridos por
agentes do Gaeco, sendo a Setas o principal alvo.
A operação se deu em decorrência de investigações preliminares
realizadas pelo Gaeco, em conjunto com o Núcleo de Ações de Competência
Originária da Procuradoria-Geral de Justiça (Naco), que apontam a existência de
provável conluio entre servidores da Setas e funcionários dos institutos sem
fins lucrativos para fraudes em licitações e convênios.
O Ministério Público foi provocado após a divulgação de erros
grotescos em apostilas que estavam sendo utilizadas nos cursos de capacitação
em hotelaria e turismo promovido pelo Palácio Paiaguás.
As empresas Microlins e os institutos de Desenvolvimento Humano
(IDH/MT) e Concluir estariam envolvidas no esquema. Suas respectivas sedes
também foram alvos de busca e apreensão à época.
A delação premiada do empresário Paulo César Lemes foi peça
fundamental para a deflagração da 2ª fase da operação. Apontado como o
proprietário de institutos de fachada que firmaram contratos com a Secretaria,
Lemes detalhou todo o esquema para o Gaeco.
O ex-governador Silval Barbosa estava em Cuiabá no momento da
prisão. Logo após saber do ocorrido se deslocou para São Paulo para acompanhar
o desdobramento.
“O que posso dizer é que confiamos na Justiça, mas vamos combater
os excessos, pois acredito que a prisão é desnecessária, uma vez que a Roseli
não participou de nenhum esquema na secretaria”, finalizou.
Organograma: Ministério Público Estadual
Roseli Barbosa foi presa em São Paulo sob acusação de ter liderado
um esquema que desviou mais de R$ 8 milhões dos cofres públicos
KAMILA ARRUDA
Considerada pelo Ministério Público a chefe de um esquema
criminoso que desviou mais de R$ 8 milhões dos cofres da Secretaria de Trabalho
e Assistência Social (Setas), a ex-primeira-dama Rosei Barbosa (PMDB) foi presa
na tarde desta quinta-feira (20) em São Paulo.
A peemedebista também teve diversos bens imóveis sequestrados pela
Justiça. A medida é fruto da 2ª fase da Operação Arqueiro, deflagrada pelo
Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), que foi denominada
Ouro de Tolo.
Além dela, também foram presos Rodrigo de Marchi, servidor da
Setas; Nilson da Costa e Farias, intermediário entre os servidores e um
empresário que colaborou com a Justiça; além de Sílvio Cézar Corrêa Araújo, que
foi chefe de Gabinete do ex-governador Silval Barbosa (PMDB).
Sílvio e Rodrigo encontram-se detidos no Centro de Custódia,
enquanto Nilson foi levado para o Centro de Ressocialização de Cuiabá, o antigo
Carumbé. A primeira-dama, por sua vez, ocupará uma cela individual no presídio
feminino Ana Maria couto May. Ela deve retornar à capital nesta sexta-feira
(21).
Os mandados foram expedidos pela juíza da 7ª Vara Criminal de
Cuiabá, Selma Rosane de Arruda.
O esquema comandado pela peemedebista se dava por meio de fraude
em licitações. Ela esteve à frente da secretaria de 2011 a 2013. Para tanto, o
grupo criou fictícias instituições privadas sem fins lucrativos para executarem
convênios de demandas vinculadas ao fomento do trabalho e assistência social no
Estado.
Esses convênios eram firmados com institutos de fachada. Além do
superfaturamento dos valores dos serviços a serem executados, foram constatadas
também a ausência de execução física do contratado e prestação dos serviços de
péssima qualidade.
Conforme o Gaeco, 40% do valor desviado ficava com Roseli Barbosa.
Outros 36% eram devolvidos aos empresários envolvidos no esquema e 24% eram
rateados entre Nilson e Rodrigo.
Parte do dinheiro teria sido destinado para o pagamento de dívidas
de campanhas eleitorais. Em um dos casos apontados na ação, o chefe de gabinete
do então governador Silval Barbosa, quitou uma dívida de R$ 418 mil com o
empresário colaborador mediante retenção de propina.
A primeira fase da operação ocorreu em abril do ano passado. Na
oportunidade, diversos mandados de busca e apreensão foram cumpridos por
agentes do Gaeco, sendo a Setas o principal alvo.
A operação se deu em decorrência de investigações preliminares
realizadas pelo Gaeco, em conjunto com o Núcleo de Ações de Competência
Originária da Procuradoria-Geral de Justiça (Naco), que apontam a existência de
provável conluio entre servidores da Setas e funcionários dos institutos sem
fins lucrativos para fraudes em licitações e convênios.
O Ministério Público foi provocado após a divulgação de erros
grotescos em apostilas que estavam sendo utilizadas nos cursos de capacitação
em hotelaria e turismo promovido pelo Palácio Paiaguás.
As empresas Microlins e os institutos de Desenvolvimento Humano
(IDH/MT) e Concluir estariam envolvidas no esquema. Suas respectivas sedes
também foram alvos de busca e apreensão à época.
A delação premiada do empresário Paulo César Lemes foi peça
fundamental para a deflagração da 2ª fase da operação. Apontado como o
proprietário de institutos de fachada que firmaram contratos com a Secretaria,
Lemes detalhou todo o esquema para o Gaeco.
O ex-governador Silval Barbosa estava em Cuiabá no momento da
prisão. Logo após saber do ocorrido se deslocou para São Paulo para acompanhar
o desdobramento.
“O que posso dizer é que confiamos na Justiça, mas vamos combater
os excessos, pois acredito que a prisão é desnecessária, uma vez que a Roseli
não participou de nenhum esquema na secretaria”, finalizou.
Organograma: Ministério Público Estadual
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