YURI RAMIRES
Cinco índios da etnia Enawene-Nawe compraram por R$ 30 mil uma
caminhonete Amarok sem saber que ela havia sido roubada em Cuiabá. Dois homens
foram presos pelo roubo do veículo e confirmaram que enganaram os indígenas na
hora de vender o produto, que estava com toda sua identificação falsa.
A polícia interceptou o veículo quando eles estavam em Barra do
Bugres e seguiam para a aldeia da etnia, em Juína (735 km de Cuiabá). Quando
abordados, foi dado conta de que se tratava de um veículo que havia sido
furtado.
O grupo e o veículo foram encaminhados para o pátio da Delegacia
Especializada de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos (Derrfva).
Em depoimento, acompanhado por um Procurador Federal, que
representou a Fundação Nacional do Índio (Funai), eles contaram que compraram o
veículo pro R$ 30 mil, e deram a primeira entrada de R$ 15 mil, e pagariam a
metade no outro mês.
O grupo contou à polícia que a dupla disse que o carro era
financiado, e desconheciam a origem criminosa do produto que estava sendo
adquirido.
Com as declarações, os policiais se deslocaram até a casa de uma
família em Cuiabá e prenderam dois irmãos, Geilson e Gilberto Almeida Reis, 23
e 22 anos. Um jovem de 17 anos estava em companhia e também foi detido.
Os irmãos foram atuados em flagrante pelos crimes de associação
criminosa, receptação, adulteração de sinal identificador de veículo, uso de
documento falso e posse irregular de munição. Já o menor, foi liberado em
seguida.
Vale ressaltar que o veículo foi ofertado muito abaixo do preço
real de mercado. O modelo da caminhonete roubada é encontrado por cerca de R$
100 mil, dependendo das versões e da quantidade de acessórios disponibilizados
pela concessionária.
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