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Consumo de álcool no Brasil é 40% maior do que a média mundial

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Segundo o Relatório Global sobre Álcool e Saúde, da Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que, no mundo, indivíduos com 15 anos ou mais consumiram cerca de 6,2 litros de álcool puro em 2010, o equivalente a 13,5 g por dia.
No Brasil, porém, o consumo total estimado equivale a 8,7 litros por pessoa, 40% maior do que a média mundial. A OMS diz ainda que, em 2003, o consumo no Brasil era bem maior: 9,8 litros por pessoa. Em que pese a diminuição do consumo de álcool em território brasileiro na comparação entre 2003 e 2010, as projeções para a próxima década indicam que ele voltará a aumentar, ultrapassando a linha de 10 litros por pessoa.
O abuso no consumo é outro dado que põe o Brasil negativamente à frente do ranking mundial. Segundo a OMS, no país, a parcela da população que experimentou consumo excessivo de álcool pelo menos uma vez durante um ano foi de 12,5%. A média mundial é de 7,5%. Para piorar a situação, devido ao amplo acesso, cada vez mais a dependência do álcool é cruzada com outras drogas.

Os números devastadores do alcoolismo

De acordo com a OMS, o uso nocivo do álcool é um dos fatores de risco de maior impacto para a morbidade, a mortalidade e a incapacidades em todo o mundo e está relacionado a 3,3 milhões de mortes por ano, o que significa que quase 6% dos óbitos em todo o planeta são atribuídos total ou parcialmente ao álcool. A organização não governamental Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa) diz que, em 2012, 5,6 % dos brasileiros — 3% mulheres e 8% homens — abusavam ou dependiam de álcool.
No mesmo período, a substância esteve associada a 61,5% dos índices de cirrose hepática e a 11,5% dos acidentes de trânsito no país, sendo 18% entre homens e 5% entre mulheres. Em todo o mundo, aponta a OMS, as faixas etárias mais jovens (de 20 a 49 anos) são as principais afetadas pelas mortes associadas ao uso do álcool, que mata todos os anos 3,3 milhões de pessoas.

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