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Denunciados projetos de barragens no Antônio Conselheiro

Por Bruna Raquel Winck

Nós de Tangará da Serra estamos passando por uma constante luta contra mais um avanço do capitalismo.

Em nossa cidade, há dois principais rios: Juba e o Sepotuba, e nestes dois rios, há um projeto de construção de cinco usinas hidrelétricas, sendo três no rio Sepotuba e duis no Juba. E como a gente já vem fazendo este debate dentro da FEAB e da CONCLAEA, é possível uma antecipação dos problemas sociais e ambientais que as mesmas poderão trazer.

Sabemos muito bem que essas empresas (construtoras) têm o objetivo de beneficiar apenas a classe exploradora do povo e que, o povo, é quem paga para que elas se beneficiem.
Esses dois rios são os principais pontos turísticos de nossa cidade e também os únicos. Nossas belas cachoeiras, peixes, fauna e flora. Tudo isso poderá se acabar, tudo de bonito que nós temos poderá morrer.

Dentro deste problema ambiental temos outro mais grave ainda, que os dois rios e estas cinco usinas se encontram dentro do assentamento Antonio Conselheiro (que abrange as cidades de Tangará da Serra, Barra do Bugres e Nova Olímpia) e que, se este projeto for aprovado, vários assentados ribeirinhos deverão ser desapropriados, expulsos de sua terra e, segundo o INCRA, o órgão não têm obrigação de reassentar estas famílias.

Além do assentamento, esta barragem também estará atingindo área indígena.

Quando os moradores começaram a desconfiar do que estava ocorrendo dentro do assentamento, foram barradas as atividades, apreendendo os materiais e equipamentos, mas sabemos que estes já estavam num processo bem avançado. Por isso a luta tem que ser rápida.

Neste contexto, no último dia cinco foi realizada uma reunião no assentamento a qual estamos nos articulando para barrar as futuras obras. Para dialogar com a população e mostrar que este vai ser um problema que irá atingir a todos.

No entanto, não temos muitas informações, mas já iniciamos o trabalho de levantamento sobre as usinas, a que pé anda a situação e estaremos colocando nomes de quem esta por traz disso (a qual já temos indícios).

Estamos nos articulando para uma mobilização nas cidades acima citadas e dentro da UNEMAT.

Abraços de luta!!!
Bruna Raquel Winck - FEAB - UNEMAT

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1 Comentários

  1. Concordo com o comentário, é valido , justo e importante, realmente quando temos nossas riquezas naturais ameaçadas diretamente também sofremos consequências , e como disse é mais que justo que lutamos para o nosso bem estar, mas por outro lado também não podemos esquecer que capitalismo hoje é sinônimo entre aspas de globalização, é apenas uma questão de diferênciar o que é usado de forma positiva e de forma negativa, falando especificamente desse comentário postado gostaria de saber se além dos prejuízos tanto para pessoas como para natureza, se há algum benefício em se ter indústrias, por que também sabemos que indústrias é sinônimo de desenvolvimento e avanço , assim como vários exemplos que temos pelo Brasil, mas caso neste caso específico se não houver nenhum benefício a onde os prós for menor que os contras concordo plenamente com a idéia da amiga Bruna .

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