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Tangará terá enxurrada de candidatos em 2010

Conheço pelos menos seis nomes em Tangará da Serra que se preparam para lançar candidatura a deputado estadual em 2010. Outros três deverão se candidatar para a Câmara Federal.

Com isso, o chamado “Voto Útil” já foi para o brejo. Ótimo.

Aquilo que traz prejuízo para o Município deve mesmo ser extinto. O projeto, encabeçado pela Associação Comercial e Empresarial de Tangará da Serra, só trouxe vantagem para uma única pessoa: o deputado Vagner Ramos (PR).

Sua eleição não modificou absolutamente nada a situação de Tangará no cenário estadual. Governo e muitas outras autoridades permanecem de cara feia para todos nós.

Isso tem feito Tangará da Serra continuar isolada. Até quando ninguém sabe.

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1 Comentários

  1. Compartilho da opinião de minha irmã...

    "O VOTO INÚTIL


    A Semântica, Ciência Lingüística que estuda os sentidos das palavras nos contextos lingüístico, social e político, em que se encontram inseridas, não nos deixa inventar: só é possível depreender os sentidos de uma PALAVRA/EXPRESSÃO pela análise do léxico em contraposição com o fenômeno social, político e histórico.

    Assim, a definição da expressão ÚTIL não se limita à descrita pelos Dicionários, “1. que pode ter algum uso ou serventia: objeto útil. 2. proveitoso, vantajoso: negócio útil” (Dicionário Aurélio Buarque de Holanda Ferreira).

    Valho-me da Semântica, ciência pela qual tenho profunda admiração, para fazer uma leitura do fresco quadro político que se instaurou em Tangará da Serra/MT, cidade natal desta subscritora.

    Por ter uma herança política em minhas veias e domicílio eleitoral em Tangará da Serra/MT, acompanho as minúcias de uma tentativa de construção de um Projeto Político para reinserção do Município no cenário estadual e federal, através da Representação Política instituída pela Constituição Federal de 1988, Lei Maior vigente, que rege e orienta as diretrizes públicas.

    Essa tentativa foi engendrada por um “grupo seleto de cabeças pensantes”, comandada por pseudo cientistas políticos comerciários, que ora passo a denominar “mercenários” dos sonhos de uma Comunidade, e exaustivamente apoiada pela imprensa falada, escrita e televisionada.

    O Projeto Político, denominado “Voto Útil”, foi prenunciado em meados do ano de 2005 como sendo a última e definitiva salvação da “lavoura” política de Tangará da Serra/MT. À época, os “mercenários” definiram o Projeto no seguinte formato: cada Partido Político indicaria 01 (um) nome nas proporcionais estadual e federal para apreciação da Comunidade, através de pesquisas encomendadas por tais “mercenários”, durante um período de 10 (dez) meses; ao final, 02 (dois) indicados para o pleito de representação estadual, e 01 (um) indicado para representação proporcional federal, com maior aceitação pública, teriam seus nomes lançados pelo Projeto e patrocinados pela Associação Comercial de Tangará da Serra/MT.

    Pergunto-me, a quem interessava tal propositura? À Comunidade tangaraense? Em tese, obviamente sim, se não fosse o assustador e inesperado rumo que a história política de Tangará da Serra/MT tomou. Em certa altura dos acontecimentos, a criatura tornou-se maior que os objetivos do criador, qual seja, a reinserção do Município no cenário político estadual e nacional e o bem comum da Comunidade tangaraense.

    Afirmo isso, mesmo pela pouca experiência política que acredito ter, pelo conhecimento da história política que meus avós e pais vivenciaram, como os primeiros e pioneiros desbravadores desta linda terra. Tangará da Serra/MT tem um passado que não se pode abnegar, sob pena de termos frustrados os sonhos futuros. Tangará se fez e é não a partir do momento em que foi considerada a Capital do Médio Norte, mas sim do momento em que a Serra Tapirapuã era escalada por valentes pioneiros, para se chegar à ainda não desbravada vila pertencente ao Município de Barra do Bugres.

    Ao instituir o tal Projeto, os “mercenários” esqueceram-se da história de antagonismos e adversidades enfrentadas pelos munícipes por mais de 14 (quatorze) anos, e que uma desventurada empreitada culminariam em uma certa e fatal desventura.

    Vivenciei um engessamento político do meu Município. Muros, teoricamente, foram erigidos, com a finalidade de que outros candidatos não se aventurassem em busca dos Votos Úteis. Os votos válidos escolheriam, tão somente, os candidatos sagrados pelo Projeto. Criou-se, assim, uma atitude auto-suficiente no imaginário dos cidadãos de Tangará da Serra, de que seus recomendados candidatos seriam eleitos “apenas” com os votos locais.

    Esqueceram-se de que nesses 14 (anos), Tangará da Serra recepcionou personalidades políticas de outras regiões, que investiram politicamente e socialmente no Município, o que não nos deixa olvidar que além de social, a resposta esperada, também, é a política.

    Hoje, quando “abrem-se as urnas”, vejo que a “utilidade” não se pôs a serviço do Projeto. O “Útil” verteu-se em favor de uma minoria de “mercenários”, que conseguiu atingir o que ouso chamar de objetivos indiretos e concluir que nada além de “promoção ‘pessoais’” foram alcançadas. Do anonimato, os “mercenários” passaram para a celebridade, mesmo sem atingir o objetivo que diziam perseguir.

    Repito a pergunta: a quem interessava o Projeto “Voto Útil”? Que “utilidade” teria um Projeto que teve, “ab initio”, o objetivo de inculcar nos munícipes tangaraenses a idéia de que princípios fundamentais inerentes ao cidadão, tais como, o direito à escolha de seu Representante junto à Assembléia Legislativa e Câmara dos Deputados, deveriam ser preteridos a nomes previamente escolhidos em uma pesquisa.

    Mais: que proveito ou vantagem teria Tangará da Serra? A serviço de quem esteve a imprensa sensacionalista?

    Com certeza foi um negócio útil, mas não o foi para Tangará da Serra e região, que mais uma vez padecerá sem representação legislativa no âmbito estadual e federal.

    De uma análise profícua, conclui-se que ÚTIL atendeu aos interesses de quem o criou, esquecendo que política se faz histórica, sócio, ideológico e culturamente.

    Acéfala, há mais de 15 (quinze) anos, Tangará da Serra não mais aceitará ser conduzida por ideais que passam longe do bem comum, e considerando o fenômeno social e político resultante desta fatídica postura política, podemos, ao final, verificar que novas posturas e novos entendimentos serão produzidos, contrapondo-se aos velhos e redimensionando os novos, no qual o principal protagonista é: o HOMEM!


    Marcia Carvalho Ferreira de Souza
    19:30h, do dia 1º de Outubro de 2006."

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