Nos
quatro primeiros meses do ano, Mato Grosso registrou 6.434 casos de dengue.
Conforme o Ministério da Saúde, houve um aumento de 63% dos casos se comparado
com o ano passado, quando no mesmo período foram registrados 3.934 casos.
Os
dados são referentes à 15º semana, que foi até o dia 19 de abril. O aumento dos
números é preocupante, uma vez que fica claro que a população ainda não
entendeu a importância de combater os criadouros do mosquito da dengue, que
passou a transmitir também a Febre Chikungunya.
Conforme
os dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Sinop registrou 1.018 casos da
doença, seguido por Cuiabá, com 432 casos. Os dois municípios são os que mais
apresentam números de notificações.
Até
o momento, a doença causou uma morte, registrada no município de Sapezal.
Entretanto, outras seis seguem em investigação. Em um deles, um homem de 32
anos foi diagnosticado com dengue e uma semana depois veio a óbito.
Ele
chegou a ser internado em um hospital particular da cidade, mas não resistiu.
Os médicos descartaram que a morte foi ocasionada por dengue hemorrágica,
porém, a Vigilância foi notificada e está há quase dois meses investigando a
situação.
O
Estado informou ao Diário que não faz campanha diretamente à prevenção da
doença, porém, trabalha em conjunto com os municípios, repassando verbas para
auxiliar na campanha de combate e prevenção.
Em
um levantamento realizado no mês passado pela equipe técnica epidemiológica da
SES, foi constatado que o lixo é o deposito predominante de criadouros do
mosquito da dengue. Dos 81 municípios vistoriados, cerca de 61% dos criadouros
estavam no lixo.
\"Depósito
predominante é todo recipiente utilizado que armazene ou possa vir a armazenar
água, seja ela pela ação da chuva ou pela ação do homem, e onde a fêmea dos
mosquitos do gênero Aedes, Ae. aegypti e Ae. Albopictus, utiliza para depositar
seus ovos\", explicou a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Flávia
Guimarães.
Já
os casos da Febre Chicungunya, o quadro ainda é o mesmo do mês passado. Foram
17 notificados, sendo que nove foram descartados, sete estão em investigação e
um foi confirmado, sendo ele importado de outro país.
Sendo
assim, vale relembrar à população de que os cuidados para evitar os criadouros
dos mosquitos que transmitem as duas doenças. Cada cidadão é responsável por
combater os focos dentro de casa, evitando o acumulo de água parada e lixo nos
quintais e terrenos.
Em
casos de suspeita, apresentando sinais e sintomas das doenças – dores no corpo,
febre, manchas vermelhas na pele, entre outros – consulte um médico e evite a
automedicação, pois existem casos que podem piorar o quadro clínico do doente.
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