O
investigador de Polícia Civil, Wellington Fernandes, preso em março deste ano
por suspeita de envolvimento em vários crimes, foi demitido do cargo por
suspeita de envolvimento em um homicídio, ocorrido em 2009, em Tangará da
Serra, a 242 km de Cuiabá. O ato assinado pelo governador Pedro Taques (PDT)
foi publicado no Diário Oficial do Estado, na edição que circula nesta
sexta-feira (8).
No
decorrer do procedimento administrativo, ele apresentou um pedido de
reconsideração da sugestão de demissão da Comissão Processante, mas a
solicitação foi negada.
A
decisão seguiu recomendações da Procuradoria Geral do Estado. O policial é
suspeito de crimes, como corrupção, comércio ilegal de munições, falsidade
ideológica e agiotagem. Ele ainda é investigado por um homicídio ocorrido em
2009 em Tangará da Serra, a 242 km da capital.
Wellington
atuava há mais de 10 anos como chefe de operações da Delegacia Especializada de
Roubos e Furtos de Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, e foi preso
no dia 25 de março quando estava no trabalho.
O
processo em que ele figura como réu tramita na Vara Única criminal de Tangará
da Serra. Segundo denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), em dezembro de
2009, em um posto de combustíveis na Avenida Brasil, na região central daquele
município, a vítima foi assassinada a tiros. O rapaz assassinado e outro pessoa
eram suspeitos de atear fogo em uma caminhonete do policial civil.
Na
data do crime, o policial estava em uma lanchonete quando viu a vítima no posto
em uma comemoração à final do campeonato brasileiro de futebol. O acusado então
atravessou a avenida e foi até o estabelecimento onde o jovem estava. Ao vê-la,
ele teria jogado um copo de uísque em sua direção. A vítima tentou correr. O
policial sacou a arma e disparou contra ela.
"O
réu conseguiu se desvencilhar da vítima e, abusando de autoridade de policial
civil, efetuou disparo na altura da cintura da vítima, expondo a perigo a
incolumidade física das pessoas que ali se encontravam, as quais se afastaram.
Ato contínuo, o réu ainda efetuou um segundo disparo, o qual atingiu a cabeça
da vítima, e na seqüência saiu andando com a arma na cintura", diz trecho
da denúncia.
Após
a conclusão do inquérito que apurou os indícios de crimes que levaram Welington
à prisão, a Polícia Civil indiciou ele, outros dois policiais da Delegacia
Especializada de Roubos e Furtos de Várzea Grande, e mais sete pessoas por
suspeita de corrupção.
O
investigador foi indiciado por corrupção, porte ilegal de arma de fogo e por
suspeita de interceder pela libertação de presos, ato denominado de ´advocacia
administrativa´, e também por falsidade ideológica. Uma terceira pessoa teria
abastecido uma viatura da delegacia em um posto de combustíveis usando o nome
do policial.
Já
o crime supostamente cometido pelos outros dois policiais, sendo um
investigador e um escrivão, não teria nenhuma relação. Eles são suspeitos de
receber vantagem indevida em um episódio em que um carro que teria sido roubado
foi localizado em Várzea Grande. O dono do veículo teria oferecido uma
recompensa para os policiais, que supostamente teriam aceitado.
Fonte:
Rádio Pioneira com G1/MT
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