Segundo Gaeco, avião pertence ao ex-deputado federal Pedro Henry (foto ilustrativa) |
Uma
das aeronaves que foi alvo de busca e apreensão pelo Gaeco (Grupo de Atuação
Especial Contra o Crime Organizado), na manhã desta sexta-feira (12), na
Operação "Overbooking", pertence ao ex-deputado federal Pedro Henry.
Trata-se
de uma aeronave modelo PA-28R-200, número de série 28R-7435321, prefixos
PT-KNL. Segundo fonte do Gaeco, o avião está registrado em nome do ex-deputado.
Henry
relacionou a aeronave na declaração de bens feita ao TSE (Tribunal Superior
Eleitoral), em 2010. O valor do avião foi declarado em R$ 55 mil.
Ex-secretário
de Estado de Saúde, Henry foi um dos condenados à prisão, pelos crimes de
corrupção passiva e lavagem de dinheiro, por participar do esquema conhecido
como Mensalão.
A
pena é de 7 anos e 2 meses, mais multa de R$ 932 mil. Atualmente ele cumpre
pena em regime semiaberto.
Segundo
apurou a reportagem, a aeronave teria sido usada para supostas prestações de
serviços de táxi aéreo das empresas Sal Transporte e Turismo e WUE Taxi Aéreo,
Transporte e Turismo Ltda, na execução do contrato firmado com a Secretaria de
Estado de Administração (SAD), no ano de 2013.
R$ 8 milhões
O
Gaeco deflagrou a operação na manhã desta sexta-feira (10), em busca de
documentações para apurar suposta fraude em licitação e seus respectivos
pagamentos, no montante de R$ 8 milhões, referentes à contratação de empresa de
prestação de serviços de táxi aéreo para diversas Secretarias do Estado de Mato
Grosso.
O Gaeco buscou os diários e livros de bordo que estão sendo utilizados e os que já foram arquivados, para obter todos os registros de voos realizados desde o dia 22 de fevereiro de 2013.
Além disso, os agentes do Gaeco procuraram toda e qualquer documentação referente a prestação de serviço das duas aeronaves à empresa Sal Transporte e Turismo – WUE Taxi Aéreo, Transporte e Turismo Ltda.
Tratam-se das aeronaves prefixos PT-EZT e PT-KNL, que estariam localizadas no hangar da Infraero, no Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande.
De posse da documentação, o Ministério Público Estadual (MPE) irá confrontar os relatórios dos voos apresentados e os registrados no banco de dados do Departamento de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro.
As fraudes teriam ocorrido nos anos de 2013 e 2014, durante a gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB). Mídia News
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