O Governo de Portugal aprovou ontem, em Conselho de Ministros, a criação do Plano Tecnológico da Educação, que prevê começar a equipar, já no início do próximo ano letivo, as escolas dos 2.º e 3.º ciclos dos ensinos básico e secundário com videovigilância (12 mil câmaras de filmar no total), bem como criar o cartão electrónico do aluno.
Penso que a medida seria uma boa se fosse implantada nas escolas públicas brasileiras. Assim, a sociedade veria, quem sabe, nos canais de televisão abertos e fechados, como professores, coordenadores pedagógicos e diretores de escolas, são massacrados por grosserias de alguns aprendentes.
As autoridades estão focadas apenas na postura do educador em sala de aula. Tem que ser assim e assado, etc., não podendo elevar a voz para repreender um aluno mal comportado, porque corre risco de ser denunciado no Conselho Tutelar e na Promotoria da Infância e Juventude.
O que grande parte da sociedade não sabe é que em algumas salas de aulas de muitas unidades escolares brasileiras, professores têm que conviver e suportar afrontas diárias de verdadeiros delinguentes juvenis.
Quem sabe com as câmeras ligadas esses pequenos infratores que agridem e até ameaçam matar educadores, tivessem mais respeito pelos profissionais que verdadeiramente suam a camisa para ver a sociedade transformada?
Escrevo na condição de Pedagogo.
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