Pior do que dor da solidão
É não ter a quem dizer
Quanto ferido está o coração
Às vezes pode-se dizer sim,
Ou dizer não...
Depende do peito gritar
Se ainda há paixão
Pior do que não viver
O que manda o coração
É não poder se matar
Com as próprias mãos;
Perder-se em si mesmo
E não saber o que dizer:
Sim ou não!
Parece não haver solução
Para diminuir a aflição da alma
Judiada sem compaixão.
Comentário de Rejane Tach
É emocionante e curioso como o eu-lírico mescla dúvida de SIM, e de NÃO para viver o amor, chegando ao extremo de querer a morte pelas suas próprias mãos. Então, se há dúvidas, há uma possibilidade também, de encantamento em descobrir que há sim, para o eu-lírico do sofrimento, uma abertura de vida... de amor, e de SIM somente!
Em reposta ao magnífico poema do escritor Barreto, escrevi outro poema ( isso é coisa de poeta...) .
SE NÃO HÁ O QUE ESCONDER...
Por Rejane Tach
Então grita mais alto
Tua força dormente nesse coração imaturo
Para quem te ama com a força que deseja teu íntimo
E
Diga sim ! Sim!
E deixe de degustar sozinho a lágrima
que te envolve pelos dias sem piedade
para matar de amor o teu desejo!
Não mate a vida...ela é tua escolha...
E viva!
Viva um sempre de emoções e
Deixa estremecer teu momento
Com vestígios de ternura e encontre
Em ti o assombro de ser tudo!
Que os dias renovados se façam
Sem compaixão de ti
Pois tua sede tem que ser maior!
Acorda-te e caminha por aí!
Alguém te espera...
1 Comentários
Gostei muito da poesia do professor Robério. Ela transmite uma insegurança e uma tristeza muito grande, mas existe uma possibilidade de transformação conforme cita a poetisa Rejane no seu comentário, inclusive respondendo com outra poesia.
ResponderExcluirParabenizo Rejane pela ousadia poética!