O fazendeiro Altair Vezentin, de Alta Floresta (803 km ao Norte de Cuiabá), foi preso em flagrante por manter trabalhadores em situação análoga à escravidão. Ele permaneceu três dias na prisão e foi liberado, por determinação da Justiça.
Esta é a primeira prisão em Mato Grosso por este tipo de crime, apesar do Estado ocupar o segundo lugar em número de trabalhadores escravos libertados. Na última atualização da "lista suja" do Ministério do Trabalho e Emprego, Mato Grosso aparece com 15 propriedades, das 183 que já foram cadastradas.
O fazendeiro pode ser indiciado pelo crime de "reduzir alguém a condição análoga à de escravo". A pena é de reclusão de 2 a 8 anos.
A prisão aconteceu durante uma fiscalização realizada pelo Ministério Público do Trabalho. Após receber uma denúncia de um dos trabalhadores que eram mantidos na fazenda, o MPT pediu apoio da polícia militar para fazer a vistoria.
Foram encontrados mais dois trabalhadores, que dormiam em barraco de lona armado no meio do mato, sem banheiro e sem água tratada para beber.
De acordo com os trabalhadores, eles foram impedidos de deixar o local pelo fazendeiro, que cobrava uma dívida por alimentos comprados.
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