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Inpe aponta que desmatamento em MT cresceu mais de sete vezes em abril

Com informações do G1

O alerta de desmatamento do mês de abril em Mato Grosso cresceu mais de sete vezes em relação aos dados referentes ao mês de março. A informação é do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) que divulgou os dados no início da tarde de hoje.

Segundo o órgão, Mato Grosso apresentou em abril 794,1 km² de alertas de desmatamento, com apenas 14% de sua área encoberta por nuvens. No mês de março, o Estado tinha 112,4 km² de alerta de desmatamento, sendo 69% de sua área coberta por nuvens.

De acordo com informações do sistema Deter (Detecção do Desmatamento em Tempo real), os aumentos dos alertas de desmatamento na região foram causados pelo maior poder de visualização do satélite. Segundo os dados, em março de 2008, foram 145 km² de alerta de desmatamento, em abril, este número saltou para 1.123 km², ou seja, cerca de 78% da Amazônia Legal estava encoberta por nuvens em março. Já em abril, só 53% da região estava sob nuvens.
Deter

O Deter foi concebido como um sistema de alerta para suporte à fiscalização e controle de desmatamento. "São mapeadas áreas de corte raso e áreas de processo de desmatamento por degradação florestal. Por conta da resolução limitada do sistema, é possível detectar, apenas, polígonos de desmatamento maiores de 25 hectares. Devido a cobertura de nuvens, nem todos os desmatamento maiores de 25 hectares são identificados pelo sistema", disse João Vianei Soares, coordenador geral de observação da terra.

Mais tecnologia

Na tentativa de corrigir as limitações de resolução do sistema Deter, o Inpe está desenvolvendo, em uma parceria internacional, um satélite de observação avançada, com imagens de radar. A tecnologia deve ser a mesma utilizada pelo satélite japonês Alos (Advanced Land Observing Satellite), que não tem seu monitoramento prejudicado por condições climáticas.

Sem área preservada

Gilberto Câmara, diretor do Inpe, disse que foi indicado uma tendência de crescimento do desmatamento no fim do ano passado. "Hoje, com base nesses números, podemos dizer que essa tendência continua. Em termos de percentual de território, Rondônia é o estado mais devastado, não tendo mais área legal a ser desmatada. Ainda em termos de percentagem, o Amazonas é o estado mais preservado.

Segundo ele, o desmatamento ocorre por conta de processos de ocupação. Os estados de Rondônia, Mato Grosso e Pará são os mais atingidos por serem uma região de melhor acesso.

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