O reitor da Universidade Estadual de Mato Grosso, Taisir Mahmudo Karim, conseguiu um "atestado de pobreza" e recorreu à justiça gratuita numa ação contra a Associação de Docentes da Unemat.
O Juízo da Quarta Vara de Cáceres garantiu atendimento gratuito a Taisir Karim, que recebe por mês em torno de R$ 10 mil, entre salário e gratificação. “É um absurdo jurídico. A justiça não pode conceder serviço gratuito a quem, sabe-se publicamente, ganha de R$ 10 mil e 12 mil”, disse Bruno Boaventura, assessor jurídico da Adunemat.
O advogado alega, ainda, que o reitor incorreu no ato de má-fé, pois, seu posto público não lhe permite alegar desconhecimento da informação elementar de que a justiça gratuita é um direito exclusivo de pessoas pobres. Boaventura vai apresentar impugnação à condição de pobreza alegada por Taisir e pedir multa sobre o reitor estimada em R$ 6 mil.
O cálculo é feito sobre as custas processuais referentes a uma ação judicial estipulada em R$ 20 mil. Esse é o valor que Taisir pediu por danos morais contra a Adunemat porque a entidade denunciou sua ameaça de reduzir salários de professores caso não comprovassem desenvolvimento de atividade segundo regime de trabalho. LB/AA
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