A “marolinha” que o presidente Lula da Silva viu enquanto o mundo enxergava como a maior crise financeira internacional em oitenta anos trouxe ontem um dado preocupante para quem se preocupa efetivamente com a economia nacional.
O Instituto de Pesquisas Econômicas e Sociais Aplicadas (IPEA) da presidência da República informou que a produção industrial mensal do Brasil caiu 14% em abril, quando a pior retração se manifestou na produção de autoveículos, que registrou um recuo de 15,8%, a despeito de todos os incentivos fiscais e creditícios que Lula concedeu ao setor em fevereiro e março último.
O instituto não divulgou os números definitivos, e sim uma previsão para o resultado da produção industrial mensal do período em relação ao mesmo período de 2008. De acordo com o “Indicador Ipea de Produção Industrial Mensal”, que o instituto lançou ontem, o primeiro trimestre de 2009 acumulou queda de 14,7% na comparação com o mesmo período do ano passado.
Os setores de bens de consumo duráveis, bens de capital e bens intermediários apresentaram, nesta ordem, os piores resultados. Na comparação livre de efeitos sazonais, todas as categorias avançaram frente a fevereiro, com exceção da produção de bens de capital, que mais uma vez recuou e registrou contração de 6,3%.
Um dos setores mais atingidos pela retração do nível de atividade – a produção de bens de capital – se encontra em um patamar 50% menor que o registrado em setembro de 2008, mês que antecedeu o agravamento da crise financeira internacional.
0 Comentários