É preciso, de pronto, lembrar que o STF não acabou com o diploma do curso de Jornalismo, mas sim, extinguiu a obrigatoriedade para o exercício da profissão, originária de um decreto-lei promulgado pelo regime militar em 1969.
Entendemos que a decisão histórica da Suprema Corte é bem-vinda, à medida que consolidará a inteligência, a formação intelectual e a competência como critérios para o exercício da profissão.
Era inaceitável a ideia de que a prática do bom jornalismo dependia de tutelas autoritárias (mas, legais), em detrimento da vocação e do talento natural.
A obrigatoriedade do diploma alimentava uma “reserva de mercado” para a distribuição de diplomas, muitas vezes emitidos por escolas mal equipadas. Essas estão ameaçadas à extinção.
A partir de agora, as faculdades de jornalismo passarão a ter mais zelo com os seus padrões e condições de ensino para oferecer os melhores profissionais ao mercado.
E as empresas de comunicação, que preservam a qualidade, cada vez mais vão buscar nas academias a formação de suas redações.
1 Comentários
Como diria uma professora que tive quando cursei minha faculdade de Jornalismo, 'vou ser curta, grossa e penetrante'; há possibilidade de se intitular médico caso não tenha feito Medicina? Há possibilidade de ser Juiz, sem antes fazer a faculdade de Direito? Há possibilidade de ser professor de línguas, sem ter cursado uma faculdade de Letras? ... Pois bem Senhor Dorjival, o senhor Gilmar Mendes quando comparou um jornalista com um cozinheiro, se esqueceu que há curso superior para o mesmo.Que todo mundo sabe cozinhar, isso é verdade, que todo mundo sabe escrever uma redação, também concordo, porém há muitas outras coisas que são necessárias para a profissão de Jornalista, que um simples blog, uma TV ou uma redação de um jornal vai ensinar ao profissional sem diploma. Sou a favor do diploma sim. O que seria da Rede Globo de Televisão se só contratassem profissionais sem diplomas?
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