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Cada um por si

Todo mundo é de todo mundo e ninguém é de ninguém. Na política brasileira, é regra, com raríssimas exceções. E, com o fim da verticalização, essa máxima ficou ainda mais incorpada. O que prevalece, em todos os recantos da imensidão verde e amarela, são interesses de grupos ou individuais. Essa breve introdução se faz necessária para entender o que está acontecendo na política local e nacional, quando as bases de governos se dividem sem levar em consideração o projeto maior do sistema.


Daí, pouco provável que o presidente Lula consiga levar a termo o plano de união dos aliados em torno da sucessão presidencial. Na maioria dos Estados brasileiros, os partidos governistas se digladiam em nome dos interesses locais. No Rio de Janeiro, por exemplo, o PT finca pé na pré-candidatura do prefeito de Nova Iguaçu, Linderberg Farias, ao Governo do Estado, em detrimento do projeto de reeleição do governador Sérgio Cabral, do PMDB.


Na Bahia, o PT e o PMDB também estão em pé de guerra. O primeiro fará campanha pela reeleição do governador Jackson Wagner, enquanto o segundo não abre mão da candidatura do deputado-ministro Geddel Vieira Lima. Em São Paulo, o PMDB, que governa a capital com o DEM do prefeito Gilberto Kassab, é adversário do PT de Marta Suplicy e Mercadante e, provavelmente, apoiará a candidatura presidencial do tucano José Serra.


Descendo para o Nordeste, em Pernambuco, PMDB e PT não se bicam. O primeiro é aliado do DEM, com possibilidade de candidatura do senador peemedebista Jarbas Vasconcelos, para enfrentar o governador e candidato à reeleição Eduardo Campos (PSB), que tem o apoio do PT, mas apoiará Ciro Gomes, se o PSB confirmar a sua candidatura.


O Rio Grande do Norte não é exceção. Nesse estad0 a base aliada está mais dividida do que arroz de terceira. De um lado, o PSB. Do outro, PMN e PR. No meio, o PT. E na ponta, jogando com todas as cartas, o PMDB, com um trunfo que aponta para o DEM.

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