Header Ads Widget


Crise abre espaço para proposta de casuísmo

O agravamento da situação financeira a que o presidente Lula da Silva condenou as prefeituras brasileiras quando resolveu reduzir tributos gerados pela indústria automobilística e de eletrodomésticos está servindo como pretexto para o surgimento de um movimento antidemocrático que recorrentemente se pendura em quaisquer alegações para ver se vinga.

Trata-se de gestão de prefeitos de todos os quadrantes do país no sentido de se criar dificuldade para as eleições de 2010.

Uma das consequências possíveis do êxito de empreitada como esta seria o adiamento do pleito, face a inexistência de condições de normalidade para sua realização na época aprazada, com a doação de mais tempo no exercício aos atuais detentores de mandato, da presidência da República às cadeiras em Assembleias Legislativas.

O movimento já age às escâncaras, inclusive enviando "press releases" a redações, divulgando a sua meta. Ontem, por exemplo, circulou um com esta abertura: "Após sucessivas tentativas de obter do governo federal uma resposta rápida aos reclames dos 5.640 municípios brasileiros, o presidente da União Brasileira de Municípios (UBAM), Leonardo Santana, determinou o envio de fax para todos os prefeitos do Brasil, objetivando orientá-los a aderirem a um grande movimento contra a realização das eleições 2.010, que vem esquentando cada vez mais os ânimos dos que querem chegar ao poder e dos que contam com a reeleição".

Dizendo que os municípios estão sendo vítimas de uma falta de sensibilidade e compromisso da equipe econômica do governo federal, em face da política tímida e mesquinha promovida por 'quem não sabe o que significa federalismo'", o presidente da Ubam desvia sua mira ao buscar o boicote eleitoral.

Se vê culpa na atual administração, deveria pedir aos colegas uma reação contra o culpado – no caso, o presidente Lula. Como, porém, o fisiologismo o impede, o oportunismo ocupa o espaço propondo disfarçadamente a prorrogação do mandato do algoz. Por Roberto Guedes.

Postar um comentário

0 Comentários