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PARA REFLETIR: Tudo se completa, como vida e morte

Giordano Bruno é quem está certo. Filósofo dos idos de 1600. O homem vem da natureza e para ela retorna. Segue a máxima heracliteana de que tudo muda.

O homem nasce, cresce e morre. Do óvulo, transforma-se em feto, criança, adolescente e adulto. Morre. Do corpo sem vida outras vidas surgem. A alma segue. É eterna. O preâmbulo é para afirmar que é preciso ter fé para se ter a certeza da vida eterna.

Você pode estar se perguntando o motivo dessas palavras e a resposta é simples: não há como explicar o fenômeno da morte. Nem como escapar dela. Todos nós, um dia, teremos de enfrentá-la. Ou melhor, seguir com ela. É estranho esse ciclo: nascer, viver e morrer.

Uns partem cedo, mas deixam marcas que não se apagam com o tempo; outros, tarde; e não há registro de suas passagens. Dizem que todos nós colhemos o que plantamos e, seguindo a filosofia de Giordano Bruno, não há como escapar da natureza.

Olhe a flor, por exemplo. Surge do nada, em meio ao mato, e enfeita um cenário, alimenta pequenos animais, que servem de alimento para outros maiores e estes acabam saciando a fome do homem.

A essência de tudo é que tudo está alinhado cosmologicamente e em perfeita harmonia. Nesse sentido, morte e vida se completam, assim como dia e noite, ida e vinda, começo e fim.

Heráclito de Éfeso, pré-socrático da antiga Grécia, direciona esse existir como uma ordem no caos. Por mais que tudo apareça em desordem, existe uma certa coerência nas coisas. É aí que entra o conforto do homem diante da morte.

É como se essa harmonia explicasse a dor que se sente quando alguém morre. A lacuna é preenchida pela certeza de que se tem, nos céus, de que há salvação para a alma, e que um dia todos que se foram, e os que ainda se vão, se encontrarão no chamado Dia do Juízo Final.

Não somos nada diante de tudo e o que pensamos que somos, na verdade, não somos. Tudo ainda está em construção, inclusive a vida. Tudo sofre mudanças, transformações. Igual à velha citação de Heráclito: “Não entramos nas águas de um mesmo rio duas vezes.” Êis o que tem andado pensando este professor, humilde escrevinhador de província...

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