A reportagem sobre o escândalo do Bancoop, que ocupou nove páginas da edição da semana da revista Veja, não apenas trouxe o PT de volta ao mundo da corrupção (se é que o partido saiu dele algum dia), mas, principalmente, levantou a dúvida se a disputa presidencial será conduzida de forma limpa e honesta.
Isso porque o “caso Bancoop”, investigado pelo Ministério Público de São Paulo, é protagonizado por figuras de proa do partido do presidente Lula, como João Vaccari, novo tesoureiro do PT e homem escolhido para oxigenar o caixa da candidata Dilma Rousseff.
A desconfiança aumenta consideravelmente com a postura assumida por Lula, que, ao invés de exigir punição dos criminosos, prefere atacar a imprensa, com o malhado discurso de que ainda se sente perseguido pelas elites. Que elite? A única elite que existe é a que governa o País com ele, Lula.
Daí, o blog pede licença aos webleitores e a revista Veja para transcrever trecho da “Carta ao Leitor”, onde a publicação questiona se existe alguma chance de o País ter uma disputa eleitoral de forma decente:
“As vésperas de uma eleição presidencial das mais decisivas para os rumos do País, em relação à qual o Tribunal Superior Eleitoral acaba de dar mais transparência às contribuições financeiras para as campanhas, é espantoso constatar que pessoas apontadas no inquérito como suspeitas do desvio do dinheiro do Bancoop continuem a ocupar lugar de destaque nos escalões do PT.
Entre elas estão Ricardo Berzoini, ex-presidente do partido; e João Vaccari, escolhido pelo presidente Lula para ser tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff.
É de perguntar se, com personagens desse estirpe à solta e em cargos decisivos no campo petista, existe a mínima possibilidade de a campanha presidencial de 2010 ser financiada de maneira limpa”.
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