Por Flávia Borges
Secretário de Saúde Pedro Henry |
O deputado federal licenciado Pedro Henry (PP), no afã de marcar posição, revolucionar a área e amenizar o desgaste acumulado em sua trajetória política, resolveu tomar decisões polêmicas e isso começa a respingar negativamente no governo Silval Barbosa (PMDB).
Há menos de 3 meses no comando da secretaria de Saúde, Henry já motivou os médicos do Sistema Único de Saúde (SUS) a entrarem em greve. Nesta semana, os servidores da pasta também avaliam a possibilidade de cruzar os braços.
A medida mais polêmica anunciada por Henry é a mudança do atual modelo de gestão para terceirizar o serviço das unidades hospitalares. A tranferência de responsabilidade para empresas privadas deixou médicos e servidores revoltados. Ao optar por um político com a imagem desgatada e por composições partidárias no primeiro escalão, o governador entrou num "buraco" apertado.
Por um lado, o secretário afirma que o modelo é mais barato e que o Estado está impossibilitado de fazer novas contratações por meio de concursos. Por outro, foge da fiscalização, especialmente do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Ademais, o Palácio Paiaguás começa a receber denúncias de que Henry estaria interessado em articular alguns contratos.
O setor é considerado uma "pedra no sapato" da administração peemedebista. São constantes as reclamações devido à falta de médicos, remédios e hospitais regionais para suprir a demanda. Ao optar por um político com a imagem já desgastada e para ampliar as composições políticas no primeiro escalão, o governador entrou num jogo arriscado.
Henry, que demonstra habilidades políticas por um lado, mas teimosia, prepotência e arrogância por outro, pode levar a nova administração para o buraco. A pasta conta com um "gordo" orçamento da pasta de R$ 1,3 bilhão, nada menos que 87% são gastos com a folha de pessoal.
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