Antonio Palocci |
O escândalo do passado foi varrido para debaixo do tapete vermelho e Palocci ganhou uma segunda chance. Voltou a escalar a rampa para sentar na cadeira de ministro-chefe da Casa Civil, o cargo mais importante do governo.
Da falta de ética contra o caseiro para o todo-poderoso da presidente Dilma, o petista cumpriu mandato de deputado federal por quatro anos, tempo em que ele, como um “Deus” ou um “Mister M”, fez multiplicar o pão, em benefício próprio.
Dos bens no valor de R$ 375 mil declarados em 2006, incluindo uma casinha no valor de R$ 56 mil, ele engordou o patrimônio comprando uma empresa por R$ 882 mil e um apartamento de mais de 500 metros quadros em São Paulo por R$ 6,6 milhões.
Riqueza incompatível com o salário de deputado federal e impossível de ser construída por um cidadão que trabalha de forma honesta. Isso é grave, aliás é muito grave.
O caso não pode ser encerrado com a justificativa dada pelo próprio todo-poderoso de que ele não é o único ex-deputado que aumentou o patrimônio em 20 vezes durante quatro anos. Peraí.
Ele é o homem mais forte do governo, tem obrigações com o Palácio e com a nação, não pode tratar um fato dessa natureza como se fosse algo simples. Não é.
Antônio Palocci, até por não ser primário em assuntos nebulosos, deve mais do que uma explicação. Tem a obrigação de comprovar que o seu patrimônio foi construído de forma lícita, com trabalho, pois é assim que o cidadão brasileiro presta conta de suas ações e atitudes.
A presidente Dilma Rousseff não pode ser conivente como Lula foi, até porque ela não tem a popularidade e paciência dos brasileiros como Lula conquistou. O escândalo Palocci marca o fim da “lua-de-mel” do governo Dilma. Os brasileiros vão cobrar.
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