A quem interessa a greve dos professores da rede estadual de ensino?
A pergunta parece urgente e necessária e exige resposta das partes envolvidas, à medida que não há racionalidade no endurecimento do confronto, pois isso só penaliza os já prejudicados estudantes do sistema de ensino público.
É preciso que a sociedade fique atenta para o que está acontecendo, muito embora os interesses alheios à causa sejam mantidos sob o manto da irracionalidade.
É verdade – e não se questiona – que os professores merecem melhores salários.
Essa é uma luta histórica, que se arrasta há anos, sem uma previsão positiva.
Porém, também é verdade que o governo apresentou proposta concreta, dentro dos limites do cofre público e da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Mesmo assim, a greve é mantida. Deve haver uma razão muito forte, que vai além das necessidades da categoria. Questões políticas, desconfia-se.
NOTA DO BLOG: No nosso entendimento essa greve é política. Uma queda de braços que nenhuma das partes quer perder. Está claro que o SINTEP não quer paralisar a greve para não ficar ainda mais desmoralisado perante a categoria. Deixar a greve agora seria o mesmo que assinar uma carta de derrota. O governo também não quer ceder aos reclames do SINTEP por uma simples razão: Se fossem atendidas as reivinicações da categoria, o PT sairia fortalecido. E isso ninguém quer que acontece num ano pré-eleitoral.
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