O preço do apocalipse. Assim pode ser considerado algumas práticas abusivas, orquestradas por meia dúzia de pessoas que também podem ser chamadas de exploradores do caos alheio em Nova Bandeirantes, município do interior de Mato Grosso.
Com o período chuvoso e interdição de várias rodovias de acesso ao município, a falta de alguns produtos tornou-se inevitável e os primeiros registros de racionamentos apareceram na última sexta feira 7, onde motoristas e motociclistas fizeram filas nos dois postos de combustíveis na sede e em outros dois, localizados no distrito de Japuranâ e um no Paraíso do Norte em busca dos últimos litros do produto.
Na ocasião muitas pessoas adquiriram grandes quantidades de gasolina etanol e diesel a fim de garantir sua locomoção até a situação se normalizar, já outras voltaram para casa sem nada. A lei da oferta e procura começou cedo e para aqueles que não conseguiram boas quantidades ou nada, só restou comprar de quem tinha estocado.
Aqueles que pensaram em camaradagem de vizinhos, se surpreenderam com uma infração colossal. Jogaram os preços na estratosfera, o cambio negro da gasolina como está sendo chamado na cidade, ostenta preços inacreditáveis que vão desde 7,00 R$ até 16,00 R$ a boatos não confirmados que ouve negociação onde o litro chegou a valer R$ 20,00.
Os proprietários dos postos de combustíveis disseram que a previsão de que até esta sexta-feira (14), consigam fazer o reabastecimento de seus reservatórios tendo em vista que os níveis das águas no rio Apiacás baixaram cerca de 70 centímetros.
Segundo eles, pelo nível da água, daria para um caminhão passar. O problema é que há um buraco profundo num determinado ponto do alagamento que impede a travessia. Nessa segunda feira 10, o motorista de uma distribuidora de bebidas arriscou a travessia e ficou encalhado no tal ponto. Os empresários estudam a possibilidade de um desvio pela lateral para conseguirem tal feito.
Ao contrário dos postos de combustíveis, as distribuidoras de gás de cozinha não sofreram racionamento, podendo atender normalmente seu clientes também não ouve inflação no preço do botijão de 13 kg que está sendo comercializado a R$ 60,00 na cidade.
Para Jose Arnaldo Pereira, dono de distribuidora ele acertou ao comprar grande quantidade do produto antes do período chuvoso.
“Fiz essa compra sem nenhuma pretensão, apenas para conseguir um melhor preço e acabou que garantindo o abastecimento nesses dias difíceis. ” Quando perguntamos se ele elevaria os preços dos botijões em virtude do racionamento, ele disse não praticar comercio abusivo.
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