Diante da piora das contas públicas e da desconfiança geral do mercado financeiro na política fiscal, o governo decidiu agir. Para turbinar a arrecadação de impostos, técnicos da equipe econômica saíram em busca de possíveis novos alvos, para tentar compensar a frustração com o desempenho da economia, mais fraco do que o esperado.
Quando propôs a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deste ano, o Ministério da Fazenda estimou em 3,5% o crescimento real da arrecadação federal. Mas, até março, o desempenho acumulado não chegou a 2%, já descontada a inflação no período. Sem os recursos projetados, ficou mais difícil atingir a meta de economizar parte do arrecadado para pagar os juros da dívida, o chamado superavit primário.
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