OLHAR DIRETO
O governador Silval Barbosa (PMDB) foi servidor público com a
menor quantia monetária bloqueada pela Justiça devido às denúncias do
Ministério Público de um esquema para conceder incentivos fiscais ilegais ao
Grupo JBS em Mato Grosso. O peemedebista teve R$ 155 mil indisponibilizados,
enquanto o atual e o ex-secretário de Fazenda, Marcel de Cursi e Edmilson José
dos Santos tiveram mais de R$ 1,6 milhão congelado, cada um.
Leia mais: Advogado de Silval afirma que espera informações para
falar sobre bloqueio de bens
A empresa JBS, no entanto, teve a maior quantia afetada peã
decisão: R$ 73,5 milhões estão sub judice e podem ser usados para ressarcir o
erário, caso a fraude tributária seja comprovada. Confira abaixo a lista dos
bloqueios:
De acordo com o “Detalhamento de Ordem Judicial de Bloqueio de
Valores com ações selecionadas (Transferências, Desbloqueios, Reiteração de Não
Respostas)” emitido pelo Sistema BacenJud (fls. 167/177) foram efetuados os
seguintes bloqueios e transferências, já subtraídos os valores correspondentes
aos respectivos subsídios:
Réu: Silval da Cunha Barbosa
Instituição Financeira: Banco Bradesco.
Valor bloqueado e transferido: R$ 155.058,71
Réu: Marcel Souza de Cursi
Instituição Financeira: Banco do Brasil.
Valor bloqueado e transferido: R$ 1.603.924,28.
Réu: Pedro Jamil Nadaf
Instituição Financeira: Banco Safra.
Valor bloqueado e transferido: R$ 282.838,48
Instituição Financeira: Banco do Brasil
Valor bloqueado e transferido: R$ 201.709,18
Réu: Edmilson José dos Santos
Instituição Financeira: Caixa Econômica Federal
Valor bloqueado e transferido: R$ 1.686,57
Réu: Valdir Aparecido Boni
Instituição Financeira: Banco Itaú Unibanco
Valor bloqueado e transferido: R$ 535.520,84
Instituição Financeira: Caixa Econômica Federal
Valor bloqueado e transferido: R$ 8.979,85
Réu: JBS S.A (CNPJ/MF n. 02.916.265/0001-60)
Instituição Financeira: Banco Industrial e Comercial
Valor bloqueado e transferido: R$ 73.563.484,77
O caso
O juiz Bertolucci autorizou o bloqueio das contas bancárias e
aplicações financeiras de Silval da Cunha Barbosa e dos secretários de Fazenda
Marcel Souza de Cursi e da Casa Civil, Pedro Jamil Nadaf, além do diretor do MT
PAR Edmilson José dos Santos, do economista Valdir Aparecido Boni e da empresa
JBS. Todos estariam envolvidos em uma suposta concessão de créditos tributários
fictícios para a rede de frigoríficos. O Governo teria editado um decreto
direcionado ao perfil da empresa com o objetivo de conceder incentivos fiscais
ilegais.
0 Comentários