A presidente Dilma Rousseff fechou o xadrez da equipe econômica. Joaquim Levy será o ministro da Fazenda. Nelson Barbosa responderá pelo Planejamento. Alexandre Tombini permanece à frente do Banco Central. Com essa equipe, o governo acredita que a presidente recuperará a credibilidade que tanto precisa para destravar a economia. Há uma crise enorme de confiança, que minou os investimentos produtivos e tragou o Produto Interno Bruto (PIB). Nos dois primeiros trimestres do ano, a atividade encolheu 0,2% e 0,6%, respectivamente. No primeiro mandato de Dilma, o crescimento médio do PIB foi de apenas 1,6%. Em 2014, particularmente, o PIB terá crescimento de, no máximo, 0,2%.
Levy é muito respeitado no mercado financeiro. Seu nome foi endossado pelo presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, que recusou convite para a Fazenda, alegando que ainda tem uma missão a cumprir: assumir, em 2017, a presidência do Conselho de Administração do segundo maior banco privado do país. Atualmente, Levy é diretor da Bradesco Asset. Ele foi secretário do Tesouro Nacional no primeiro mandato de Lula.
Barbosa, que ocupou a secretaria executiva do Ministério da Fazenda, desfrutou, muito tempo, de livre trânsito com Dilma. Mas, desde que deixou o governo, os dois se distanciaram. A aproximação se deu recentemente, por meio de Lula, que o abrigou no instituto que leva o seu nome. Barbosa será uma espécie de contraponto ao ortodoxismo de Levy na Fazenda.
Tombini chegou a ser cogitado para a Fazenda, mas convenceu a presidente Dilma que seu lugar é no BC. Ele diz que a grande missão dele é levar a inflação para o centro da meta, de 4,5%, até 2016. Tombini também terá que desmontar, ao longo dos próximos meses, uma operação de US$ 100 bilhões para segurar as cotações do dólar, que têm pressionado a inflação.
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