As empresas envolvidas na operação Lava Jato celebraram contratos com a Petrobras que somam R$ 59 bilhões. Mas, além da estatal, as nove empresas mencionadas no esquema receberam R$ 11,4 bilhões do governo federal entre 2004 e 2014. Apenas duas delas, a Odebrecht e a Queiroz Galvão, foram beneficiadas com 57,1% do valor pago. A Polícia Federal cumpriu ontem mandados de busca e apreensão na sede dessas empresas. São elas: Camargo e Corrêa, OAS, Odebrechet, UTC, Queiroz Galvão, Engevix, Mendes Júnior, Galvão Engenharia e Iesa.
As empresas que mais receberam recursos do Orçamento Geral da União foram a Construtora Queiroz Galvão e a Construtora Norberto Odebrecht, que receberam R$ 3,2 bilhões cada uma nos últimos 11 anos. O ranking dos três primeiro lugares fica completo com a “Construções e Comércio Camargo Corrêa S/A”, que angariou R$ 1,9 bilhão no período.
Ainda na casa do bilhão, a Galvão Engenharia S.A. recebeu R$ 1,2 bilhão do governo federal ao longo desses 11 anos. Em seguida, a Mendes Junior, com R$ 861,3 milhões e a OAS, uma das maiores doadoras das campanhas eleitorais destas eleições, que foi beneficiada com R$ 775,7 milhões. A Engevix e a Iesa receberam, respectivamente, R$ 122,6 milhões e R$ 71,4 milhões. Já a UTC, claramente a menos favorecida, recebeu R$ 189,7 mil no mesmo período de tempo.
Os dados foram levantados pelo Contas Abertas no portal de transparência da Controladoria-Geral da União no período disponível, de 2004 a 2014. Assim sendo, caso as denúncias sejam comprovadas no que diz respeito à Petrobras, as referidas empresas poderão ser consideradas inidôneas, com repercussão em obras que executam para órgãos federais recebendo recursos do Orçamento Geral da União.
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