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Irmão de prefeito de Várzea Grande é detido em casa com armas sem registro

MAX AGUIAR


O irmão do prefeito de Várzea Grande, Walace Guimarães (PMDB), Josias Guimarães, foi detido por porte ilegal de arma, nesta terça-feira (18), durante a deflagração da Operação Camaleão, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Geaco).

No momento em que cumpriam mandados de busca e apreensão em sua residência, os agentes do Gaeco encontraram armas de grosso calibre, sem registro.

Josias recebeu voz de prisão e foi levado, antes do meio-dia, pela Rotam (Rotas Ostensivas Metropolitanas), da Polícia Militar, para a Central de Flagrantes de Várzea Grande.
 

Ele foi levado na companhia de um advogado e deve prestar depoimento à tarde.

Na casa de Josias Guimarães, foram encontradas diversas espingardas calibre 12 e 24, pistolas de 9 mm e calibres ponto 40. Além de munições e pentes carregados.

Josias, assim como Walace, é médico em Várzea Grande e teve seu nome citado nas investigações da Operação Camaleão, deflagrada pela manhã.

Sem fiança

A situação do irmão do prefeito é considerada delicada. O delegado Éder Clay de Santana, que colheu depoimento, não arbitrou fiança para liberá-lo, considerando quantidade de armas apreendidas na sua casa, durante operação do Gaeco, com o apoio da Rotam.

Além disso, parte das armas é de uso restrito de forças policiais.

Ainda nesta terça-feira, os advogados de Josias Guimarães devem entrar na Justiça com um pedido de pedido de relaxamento de prisão, no Fórum de Várzea Grande.

De outro lado, o Ministério Público Estadual vai analisar, no contexto da Operação Camaleão, documentos apreendidos na residência de Josias, como contratos da Prefeitura e folhas de cheques.

A ação do Gaeco

A operação investiga fraudes em licitações envolvendo duas empresas que prestam serviços na cidade: a Carvalho e Carneiro Ltda. e Penta Locações.

O trabalho é desenvolvido pelo Gaeco e e pelo Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco), do Ministério Público Estadual.

O foco é uma suposta organização criminosa, que teria sido instalada na Prefeitura para a prática de delitos de corrupção, peculato e fraude a licitação.

De acordo com o Gaeco, foram expedidos 11 mandados de busca e apreensão pelo Tribunal de Justiça.

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