Se o mundo da política, e mais particularmente o PT, o PMDB e o PP, está tenso com os próximos desdobramentos da Operação Lava-Jato, muito dependerá do quanto será descoberto e da disposição em falar daqueles que, até o momento, são apontados por delatores e investigadores como o elo entre o “clube das empreiteiras”, que pagavam propinas nos contratos da Petrobras, e os partidos políticos. Nas palavras do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef, as conexões entre o cartel denunciado pelo juiz Sérgio Moro e as legendas eram feitas pelo tesoureiro do PT, João Vaccari Neto; por Fernando Soares, o Fernando Baiano, pelo PMDB; e por Adarico Negromonte, pelo PP.
Os dois últimos tiveram mandados de prisão expedidos na última sexta-feira, mas são os únicos que se encontram foragidos. Vaccari, por enquanto, não tem nada, além das citações de Paulo Roberto Costa e de Youssef, ligando-o ao caso. A Polícia Federal emitiu um mandado de busca e apreensão na casa da cunhada de Vaccari, Marice Correia Lima. “Ela não tem nada a ver com o Vaccari. Ela trabalhou no PT há muito tempo, ainda nos tempos de Delúbio Soares. Desde que o Vaccari assumiu a tesouraria do PT, ela não trabalha mais lá”, afirmou o deputado Ricardo Zarattini (PT-SP). O tesoureiro disse que “repudia veementemente as acusações”.
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