Passadas as eleições presidenciais, uma nova disputa já domina os corredores da Câmara dos Deputados: a que definirá o novo presidente da Casa. E a briga aqui não se dá entre governo e oposição, mas entre os maiores partidos da base – PT e PMDB. Pivô da disputa, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) é uma antiga pedra no sapato da presidente Dilma Rousseff. A ideia de vê-lo no comando da Câmara provoca arrepios nos petistas, que já lançaram um contra-ataque a sua campanha. E afirmam: “jamais” concordarão com a candidatura de um membro da base que “age como oposição”.
Diante da postura do PT, Cunha afirmou à Veja: “Quando um não quer, dois não conversam. Se eles têm uma postura radical, tudo bem. A democracia inventou uma maneira fácil de resolver isso, que é o voto”. Ao que parece, o propalado “diálogo” da presidente Dilma passará longe da disputa na Câmara – o que deve significar mais dores de cabeça para a petista.
Pouco depois de Cunha anunciar que procuraria o PT para conversar, o líder da sigla na Câmara, deputado Vicentinho (SP) afirmou nesta semana que não há espaço para conversas. E continuou: “Nós jamais vamos concordar com qualquer candidatura que signifique uma postura de oposição. Se é de um partido da base, como age sendo oposição?”, afirmou, pouco depois do PT definir que lançará uma candidatura adversária à do líder do PMDB. A decisão irritou Cunha
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