Sem pagar nenhum centavo da multa de mais de R$ 1,26 milhão por ter sido condenado no mensalão, o ex-deputado Romeu Queiroz (PTB-MG) pediu para ser transferido para o regime aberto, que, geralmente, concede direito à prisão domiciliar. O pedido chegou ao Supremo anteontem com uma certidão datada no mesmo dia confirmando o calote, fato já revelado pelo Correio.
Queiroz foi condenado a 6 anos e 6 meses de detenção por corrupção passiva, mas até hoje não pagou a dívida, segundo a Vara de Execuções Penais de Ribeirão das Neves (MG). O ex-deputado dorme na cadeia à noite e trabalha de dia no escritório de sua empresa. O Ministério Público estadual diz que ele fez um acordo para pagar o débito em 15 vezes de R$ 84 mil a partir de 1º de outubro, mas ainda não começou a amortizar a dívida.
Em ação de execução, a promotoria pede a correção monetária dos valores, que estão atualizados apenas até maio, e a intimação para que Queiroz pague tudo em 10 dias ou apresente bens para garantir a cobrança. Se não fizer isso, o Ministério Público pede que a Justiça penhore os bens do réu do mensalão. O advogado do ex-deputado, Marcelo Leonardo, não pôde atender as ligações da reportagem.
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