O presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, divulgou estudo que mostra o impacto que o aumento do subsídio dos deputados federais e senadores trará aos demais agentes políticos da esfera municipal. “O reajuste de 26% votado pelo Congresso Nacional, elevando a remuneração dos deputados federais para R$ 33,7 mil causa um efeito cascata, que vai atingir diretamente os deputados estaduais e os vereadores”, disse Ziulkoski.
De acordo com o presidente da CNM, ao somar os prefeitos, os vice-prefeitos e os secretários municipais e multiplicar o valor pela respectiva média salarial, o gasto com a manutenção desses agentes políticos é de aproximadamente R$ 3,3 bilhões. “Se esses usassem os mesmos porcentuais que os deputados federais e senadores utilizaram para reajustar seus subsídios, teríamos um gasto potencial de R$ 4,2 bilhões, um aumento de R$ 873 milhões”, mostrou.
Nas Câmaras de Vereadores esse impacto é diferente, uma vez que o subsídio desses agentes tem teto diferente, está regulamentado na Constituição Federal e possui dois freios: ser de no máximo até 75% da remuneração do deputado estadual e ser 1% da receita de impostos e transferências do ano anterior. “Hoje, gasto estimado com os subsídios dos vereadores é de R$ 2,561 bilhões, se projetar o aumento de 26% gasto passará para R$ 3,227 bilhões. Uma diferença de R$ 666 milhões para o próximo mandato”, indicou a apresentação.
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