Da Agência Lusa
O primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, disse hoje (15) que a
liberdade de imprensa não é a “liberdade de insultar” e qualificou a publicação
de caricaturas do profeta Maomé como uma “grave provocação”.
“A liberdade de imprensa não significa a liberdade de insultar”,
destacou o primeiro-ministro, em Ancara, antes de partir para Bruxelas. Ele
ressaltou que “não se pode aceitar insultos ao profeta”.
O primeiro número do jornal satírico Charlie Hebdo depois do
ataque à redação na semana passada, tem na capa uma caricatura de Maomé, com
lágrima no olho, segurando uma folha com a frase “Je suis Charlie” (Eu sou
Charlie), a mesma que foi usada por milhões de pessoas que se manifestaram em
defesa da liberdade de expressão. A capa tem como título “Tudo está perdoado”.
Na quarta-feira da semana passada (7), dois homens encapuzados e
armados, os irmãos Said Kouachi e Cherif Kouachi, de 32 e 34 anos,
respectivamente, entraram na redação do Charlie Hebdo e mataram 12 pessoas.
Depois de dois dias em fuga, eles foram mortos na sexta-feira (9),
durante ataque de forças de elite francesas a uma gráfica em
Dammartin-en-Goële, nos arredores da cidade, onde estavam.
Em outro atentado, na quinta-feira (8), uma agente da polícia
municipal foi morta, no sul de Paris, tendo a polícia estabelecido ligação com
os dois jihadistas autores do atentado ao Charlie Hebdo.
Na sexta-feira (9), no fim da manhã, quatro pessoas foram mortas
em um supermercado kosher (judaico), no leste de Paris, por Amedy Coulibaly, 32
anos, em operação policial. Ele invadiu o mercado e fez reféns. Em entrevista a
uma emissora de televisão francesa, Coulibaly disse que agiu conjuntamente com
os irmãos Kouachi.
0 Comentários