DOUGLAS TRIELLI
O deputado
estadual Guilherme Maluf (PSDB) e Ondanir Bortolini, o Nininho (PR),foram
eleitos presidente e primeiro-secretário, respectivamente, da Mesa Diretora da
Assembleia Legislativa.
Os deputados
conseguiram 23 votos a seu favor. Apenas um voto foi em branco.
O parlamentar
era apoiado pelo governador Pedro Taques (PDT).
Além de
ambos, a chapa vitoriosa é composta pelo deputado Eduardo Botelho (PSB) na 1ª
vice-presidência e Pedro Satélite (PSD), como 2º vice, Wagner Ramos (PR), como
2º secretário, Max Russi (PSB), como 3º secretário, e Baiano Filho como 4º
secretário.
A eleição
foi marcada pela desistência dos então candidatos à presidência Zeca Viana
(PDT) e Emanuel Pinheiro (PR).
Antes da
votação, Pinheiro chegou a cogitar a possibilidade de pedir o adiamento da votação.
No entanto, por ser minoria, o parlamentar recuou.
Durante uso
da tribuna, o deputado usou o discurso de Taques em 2013, enquanto pleiteava a
presidência do Senado contra o senador Renan Calheiros (PMDB).
“Quis
mostrar que a Casa não e um apêndice, puxadinho do Paiaguás. E é como derrotado
que posso dizer que a sociedade clama por mudanças e da compreensão do nosso
papel como parlamentar. Me candidatei à presidência para evitar as inúmeras
intervenções do Executivo disse.
Os deputados
Gilmar Fabris (PSD), Janaina Riva (PSD), Zé do Pátio (SD) e Mauro Savi (PR),
que ficaram isolados após Maluf conseguir a maioria dos votos usaram a tribuna
para agradecer o apoio de Zeca.
Todos se
colocaram como “leprosos”, após Taques articular de modo a vetar a presença
deles na chapa de Maluf.
“Realmente,
existiram vetos e não foram poucos. Alguns estão na chapa do Maluf, mas foram
vetados na nossa chapa. Juntos, eu e Savi passamos dos mais de 100 mil votos.
Quem perde com sua ausência na Mesa é o Estado”, disse Janaina.
“A minha
preocupação sempre foi que o Legislativo não cedesse as vontades do Poder
Executivo. Mas garanto nossa lealdade ao Zeca, porque nossa palavra dada uma
vez não volta atrás. Podem ter certeza que a governabilidade está assegurada
graças a sua lealdade. Posso estar no grupo dos leprosos, mas temos voto e
força dentro dessa Casa”, afirmou a deputada.
Já o
deputado Gilmar Fabris afirmou que o presidente eleito precisa coordenar e Mesa
com transparência e de modo que integre todos os 24 parlamentares.
“O vencedor
será presidente de um poder, não é de A, B ou 17. É poder do Legislativo. E
assim terá que ter essa postura. Até porque, um só deputado aqui coloca
presidente, primeiro-secretário e qualquer outro na rua. Se alguém pensar que
vai fazer farra na Assembleia está enganado”, disse.
Discurso
Após eleito,
em seu discurso, Maluf afirmou que irá trabalhar pela unidade do parlamento.
Ele negou eu tenha traído qualquer um dos deputados.
“Estou certo
que a independência do Legislativo é cláusula pétrea e deverá nortear o nosso
mandato. Procuramos montar uma Mesa pluripartidária. E, ao longo do processo,
em nenhum momento trai compromisso, quis que houvesse um consenso do grupo”,
afirmou.
“A função
que agora começo a exercer, exige como poucas diálogo e compreensão das
matérias aqui tratadas. Para tanto vamos fortalece os mandatos dos deputados e
das lideranças do Governo. Cada um dos membros da Mesa assumirá novas funções
que darão agilidades no cumprimento do nosso dever”, disse.
Por fim,
Maluf afirmou que dará transparência a todos os gastos do Legislativo.
“Nosso
compromisso é com o povo e vamos prestar contas de todos os gastos. Tudo será
divulgado de forma clara para o cidadão fiscalizar a Assembleia. Estou
consciente das dificuldade que irei enfrentar ante o desgaste dos poderes. Mas
me sinto preparado para enfrentar esse novo desafio”, completou o deputado.
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