Uma ação conjunta dos dos Ministérios Públicos dos Estados de Mato
Grosso, Paraná e Minas Gerais, resultou na prisão, em Pirapora (MG), na
segunda-feira (2), do advogado mato-grossense Valentin Peron.
O advogado atuava no município de Apiacás (1.010 km ao Norte de
Cuiabá), há quase dez anos, e estava foragido da cidade desde o ano passado,
após ter sido denunciado pela Promotoria de Justiça da cidade pelo crime de
sonegação de autos.
De acordo com o promotor de Justiça Ricardo Augusto Farias Monteiro,
durante as investigações, o Ministério Público constatou que o advogado era
foragido da Justiça do Estado do Paraná, com mandado de prisão em aberto,
referentes a três condenações criminais, com trânsito em julgado entre os anos
de 2006 e 2010, na comarca de Pitanga (PR).
Segundo as informações, ele foi condenado pelos crimes de
prevaricação, corrupção, peculato, estelionato, falsificação de documento
público, uso de documento falso, supressão de documento e falsidade ideológica.
As penas somadas totalizavam pelo menos 13 anos de prisão, além da
decretação da perda de cargo público. Valentin Peron era servidor do Tribunal
de Justiça do Paraná.
O advogado, segundo o promotor de Justiça, desempenhava seu
trabalho junto a vários juízes, promotores e outras autoridades, no município
de Apiacás, sem nunca ter levantado suspeita.
No início do ano passado, ele fugiu após instauração de
procedimento investigatório criminal pelo Ministério Público sobre supostos
esquemas de corrupção policial na cidade.
“Deixou uma grande quantidade de pessoas sem o serviço de
advocacia pelo qual haviam pago, e também deixou de devolver os processos”,
disse Ricardo Monteiro.
Conforme informações da Polícia Civil de Pirapora, Valetin Peron
apresentou documento falso e ofereceu vantagens aos policiais para sua
"liberação", durante o cumprimento das prisões.
Diante desse fato, ele também foi preso em flagrante pelos crimes
de corrupção ativa e uso de documento falso.
O trabalho conjunto que levou à prisão do advogado Peron contou
com a participação dos promotores de Justiça Marcelo Valadares Lopes Rocha
Maciel, de Pirapora (MG), e Wanderlei Gonçalves Custódio, de Pitanga (PR).
A ação teve o apoio das polícias Civil e Militar de Minas Gerais;
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