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Decisão de ir ou não para base do governo leva PR a “racha” interno

 Laíse Lucatelli
Foto: Maurício Barbant/AL
Decisão de ir ou não para base do governo leva PR a “racha” interno
A discussão sobre entrar ou não na base do governo Pedro Taques (PDT) levou o PR em Mato Grosso a um novo “racha”. Enquanto a direção da sigla defende que os republicanos permaneçam fora do governo, parte da bancada de cinco deputados estaduais não quer abrir mão das benesses de ser situação. Porém, o pouco espaço disponível para a sigla dentro do governo não teria agradado a todos.

Na manhã desta quarta-feira (25), o deputado Wagner Ramos (PR) anunciou, na tribuna da Assembleia Legislativa, que fará parte da base governista, já que o partido não decide que rumo tomar. “Desde o dia da eleição eu disse que trabalharia ao lado do governador Pedro Taques. Foi uma decisão que eu tomei até devido aos problemas da nossa região. Eu preciso do governo”, disse o deputado, que é de Tangará da Serra.

 A falta de uma reunião formal para debater a situação também provocou descontentamento. A reunião do partido que haveria nesta quinta-feira (26) foi cancelada, sem previsão de ser remarcada, e a conversa que a bancada teria com o secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, para negociar a entrada na base, também não tem data para acontecer. Ramos nega, ainda, que sua decisão seja motivada por indicação de cargos no governo.

“Independentemente da posição do PR, quero anunciar que sou base aliada e vou acompanhar o governador Pedro Taques nas suas decisões, e ajudar no que for bom para Mato Grosso. Não faço isso por cargos, pois não me interessam cargos, até porque nunca tive. Dizem que o PR vai se reunir, mas estou desde o início do ano chamando uma reunião do PR, e o PR não se reúne. Não houve reunião nem para discutir a eleição da Mesa Diretora. Acabamos tendo que fazer uma reunião somente dos cinco deputados para definir o nosso voto”, reclamou Ramos.

Além de Wagner Ramos, já manifestaram interesse em integrar a base o 1º secretário da Casa, Ondanir Bortolini, o “Nininho”, e Sebastião Rezende. Por outro lado, o deputado Emanuel Pinheiro defende que a sigla permaneça “independente” do governo. A posição do deputado Mauro Savi permanece uma incógnita, mas sabe-se que ele não ficou satisfeito com a “rasteira” sofrida na eleição da Mesa Diretora, bem como com a exoneração de aliados que ocupavam cargos no governo.

“Não está na hora de o PR ir para o governo. Pega mal. Apoiamos a candidatura de Lúdio Cabral (PT) a governador e agora vamos entrar em um governo que não ajudamos a eleger, com menos de 100 dias de mandato? Além disso, não estamos atrás de cargos”, afirmou Emanuel Pinheiro, que é secretário-geral do PR.

O presidente regional da sigla, senador Wellington Fagundes (PR), defende a manutenção do PR na oposição. Os dois defensores da oposição estiveram justamente entre os mais empenhados em levar o PR para o palanque de Taques, nas eleições do ano passado.

“Não participamos do palanque do Pedro, e hoje o PR é oposição. Na verdade, o Pedro tem tido dificuldade até mesmo na base dele. Minha posição pessoal é que não devemos participar do governo. O PR já foi governo por muito tempo e está na hora de aprendermos a ser oposição. Mas claro que isso não significa que os deputados do PR não podem ajudar na governabilidade. Eles têm que apoiar o que for de interesse da sociedade, sem radicalismos”, disse Fagundes.

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