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No Mato Grosso é assim: Economia na Assembleia Legislativa vai para verba indenizatória dos deputados

LAURA NABUCO
DA GAZETA DIGITAL


A economia que a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa pretende fazer com a revisão dos contratos com fornecedores da Casa e a demissão de servidores comissionados pode ser a fonte de recursos que bancará o aumento da verba indenizatória dos deputados estaduais. O reajuste já foi admitido pelo presidente da Casa, o deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB), segundo quem um estudo ainda está sendo realizado sobre o tema. O valor, atualmente fixado em R$ 35 mil ao mês, no entanto, já teria uma previsão de poder atingir a marca dos R$ 60 mil mensais.

Enquanto isso, o discurso propagado durante o período de eleição ao comando do Parlamento, de que a verba economizada seria devolvida ao Palácio Paiaguás com quem já haveria um acordo de investir esse montante em emendas parlamentares voltadas para os setores da saúde e infraestrutura, estaria sendo gradativamente substituído pelo de que apenas parte do valor a ser poupado terá esse fim.


O restante seria investido no que os membros da Mesa Diretora considerariam como melhoria das condições de trabalho dos deputados. Para tratar deste tema existiria, inclusive, uma espécie de comissão instituída, envolvendo os deputados Eduardo Botelho (PSB), vice-presidente da Casa, Wilson Santos (PSDB), líder do governo no Legislativo, e Gilmar Fabris (PSD).

Caso o valor da verba indenizatória seja realmente reajustado nesse patamar, o subsídio dos 24 deputados passará a custar R$ 600 mil a mais por mês, o que representa uma diferença daquilo que já é investido de R$ 7,2 milhões ao ano. Este valor é mais da metade que os R$ 15 milhões de economia ao ano anunciados como meta da Mesa Diretora pelo presidente da Assembleia, o deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB).

Em contra partida, restariam apenas R$ 7,8 milhões para serem aplicados em emendas parlamentares, o que representaria cerca de R$ 325 mil por deputado, quase R$ 1,7 milhão a menos do que as emendas prometidas pelo governo Silval Barbosa (PMDB) na gestão passada e que já tinham seu valor criticado à época.

A melhoria das condições de trabalho dos deputados, no entanto, não passaria exclusivamente pelo reajuste da verba indenizatória. Na pauta de discussões quanto ao tema também estaria a estrutura dos gabinetes, mesmo diante do fato de parte deles já ter passado por reforma no ano passado.

Sob a presidência do ex-deputado José Riva (PSD), a antiga Mesa Diretora readequou o tamanho de alguns gabinetes aproveitando a obra que já existia para a construção do Teatro do Cerrado Zulmira Canavarros, inaugurado em janeiro.

A reportagem de A Gazeta tentou contato com todos os deputados citados, mas nenhum deles atendeu ou retornou as ligações até o fechamento desta edição.

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