Header Ads Widget


Semelhanças no método de cooptação de jovens pelo Estado Islâmico e os traficantes do Brasil

Por Dorjival Silva

Por sugestão do amigo advogado Cláudio Rolim, li o artigo “A relação entre o EstadoIslâmico e a redução da maioridade penal”, publicado no último dia 27, pelo site Consultor Jurídico.

O texto impressiona quando aponta semelhanças entre os métodos de cooptações de jovens para o mundo do crime pelo chamado Estado Islâmico e o Crime Organizado no Brasil. 

“Ou seja, o mencionado grupo terrorista procura jovens em razão de sua vulnerabilidade, em razão de, nesta fase, estarem buscando propósitos para suas vidas e terem a necessidade de ser parte de algo maior. Explora-se a “janela de oportunidade” existente neste momento da vida em que, embora já exista uma boa maturidade intelectual, os impulsos emocionais e da psique ainda são incompreendidos. Basicamente, é esse o mecanismo utilizado pelo Estado Islâmico para cooptar fileiras inteiras de jovens por todo o mundo”, diz o texto.

Situação não se difere muito do que acontece com nossas crianças e jovens pobres que moram em favelas e outros lugares ainda mais carentes no Brasil. Também sabendo que esses meninos têm sonhos e se vêem impossibilitados de os realizarem pela via normal do trabalho, traficantes os atraem sob a promessa de lucro fácil e rápida ascensão social. 

Tanto os terroristas quanto os traficantes do Brasil se aproveitam de um vácuo deixado pelo Estado que não vem investindo como deveria na integral formação da juventude. 


“Se reconhecemos a efetividade, por assim dizer, da estratégia de cooptação dos “de fora”, é necessário, também, reconhecer que, aqui em Terra Brasilis não é diferente. É necessário seguir o caminho inverso e dar aos jovens as condições necessárias para que vejam um outro caminho possível: o Estado precisa mostrar que deseja acreditar na juventude e dar a ela as ferramentas necessárias para se desenvolver de maneira ampla e realizar todas as suas potencialidades sem recorrer ao crime para tanto”, conclui o texto publicado pelo Consultor Jurídico. 
E você o que tens a dizer sobre o tema?

COMENTÁRIOS:
Silvana Zagonel Muito complexo isso!!!! As vezes falta interesse também, aqui em Água Boa não foi possível abrir duas turmas de cursos do SENAC, por falta de interessados, um era de Logística o outro não me lembro de cabeça!! Foi feita a campanha em todas as escolas, tem uma ajuda de custo pro aluno, mesmo assim, não fechou turma! É claro que existem casos e casos, mas que há falta de interesse, isso há!!!! A tentação do caminho mais fácil também é questão de educação dos pais!!!! Pra mim, quem poderia fazer a diferença são as famílias, instituição que como sabemos em muitas realidades sociais está à beira da falência!!!!

Décio Adams Julgo ser uma questão de estrutura. A orígem está, a meu ver, ancorada na desestruturação da família, pois a educação vem sem dúvida do lar e as escolas, cursos, treinamentos e atividades gerais, se encarregam de instrumentalizar os jovens com as habilidades necessárias ao desempenho profissional. A ética, moral e bons costumes são coisa um pouco fora de moda. Dessa forma os jovens acabam buscando alternativas para preencher as lacunas, optando em geral pelo que "brilha" mais forte. Muito raramente escolherão o caminho mais árduo.

Carla Silva Olha e como a Silvana Zagonel disse é complexo!! Mas além tudo isso o que vale é o caráter não adianta a gente oferecer a vara de pescar com todo a boa vontade de ensinar como pescar um peixe se a criança ou adolescente de índole duvidosa gosta mesmo é do peixe já assado !! Então escola tem a pra todos ,professores se matando se desdobrando pra chamar a atenção e fazer diferente agora se eles não quer e a família não insentiva é complicado trabalho nunca matou ninguem pois trabalho desde dos meus 9 anos de idade e graça a Deus estou firme e forte aqui um doce a mais ou menos nunca fez de mim uma assaltante tem coisa que nunca tive e nunca me fez falta então meu filho a vida é justa a gente aprende por bem ou por mal o fato é que ela ensina.

Claudio Rolim Possuo um pensamento mais crítico em relação a essa questão. Na verdade existe um jogo de empurra empurra entre o Governo Federa, os Estados, Distrito Federal e Municípios, pois cada um atribui a resolução do problema ao outro e ai nada ou pouco é feito. Além disso passa por a questão relacionada ao ego dos gestores que entendem que isso não dá voto. Na minha visão a responsabilidade primeira está com a família e com o município, pois o problema esta em casa, ou seja, nos limites do município. E esse debate serve apenas para uma coisa. A eterna discussão da elevação da imputabilidade penal de nossos jovens quando o problema é outro. Busca-se com isso atacar, momentaneamente o efeito pela causa, quando na realidade temos que combater a causa. Neste sentido é muito importante que a sociedade se aprofunde no tema para que não venhamos a adotar medidas paliativas, pois a redução da imputabilidade penal não irá resolver os problemas da estrutura familiar, da falta de programas sérios (como politica pública) para atender as necessidades, aspirações e sonhos de nossos jovens. O que vemos são jovens imaturos como nós fomos, mas que não tem hoje o atendimento sério que a questão requer. Só para dar um exemplo, verifiquem no orçamento municipal os valores, geralmente ínfimos ou inexistentes, destinados a ações voltadas à crianças e adolescentes. Vale lembrar que nenhum de nós nasce com o rótulo de assassino, ladrão ou qualquer outra definição. Não! Todos nós nascemos e temos que ter as oportunidades para o desenvolvimento, é bem verdade que temos uma vantagem maior por termos nascido em famílias bem estruturadas aliado ao meio social que nos desenvolvemos. É bom lembrar, e essa é minha opinião, que o ECA surgiu não para possibilitar que as famílias e a sociedade virassem as costas para a educação familiar ou a orientação da escola e da sociedade para com seus jovens. Não de forma alguma! Ele nasceu para que a proteção da criança e do adolescente seja integral, acontece que é mais fácil NÃO fazer nada e por a culpa na lei, é mais cômodo. A proteção não significa deixar a criança ou adolescente fazer o que bem entender, de forma alguma, muito provavelmente essa ideia foi passada às pessoas por pura falta de interesse em atacar os problemas sociais e culpabilizar a lei. O tema é muito instigante, mas precisamos, como sociedade fazer a "mea culpa". Pergunta-se: Quem de nós já sentou com o poder público para buscarmos alternativas para as crianças e adolescentes de nossa cidade, principalmente exigindo maiores investimentos? Quem de nós já procurou o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescentes da cidade para se inteirar das dificuldades de recursos e de projetos sociais?

Décio Adams Por que não iniciar uma coleta de assinaturas para dar sustentação a um projeto de lei ou emenda constitucional de iniciativa popular e obrigar os legisladores a apreciar o que o povo quer e não o que eles julgam "relevante"? Geralmente para eles a relevância tem a ver com alguma forma de melhoria das vantagens pessoais, emendas orçamentárias que são trocadas por votos e coisas assim.

Marlucia Bezerra Do Prado Todos nós fomos crianças adolescentes jovens e hj somos adultos pais e mães de família, e garanto que não conseguimos educar nossos filhos da maneira como fomos educados, com a rigidez dos nossos pais. Muitos vão dizer que os tempos são outros. Realmente são mas cultura caráter valores moral e bons costumes deveriam ser os mesmos. A Internet, a TV, as amizades, as prioridades acabam nos conduzindo e aos nossos filhos por caminhos que nossos pais não tiveram. É necessário que os laços familiares sejam firmes, que os exemplos em casa sejam dignos. As nossas mães em sua maioria se dedicavam a educação dos filhos, hj em sua grande maioria tem absurdas jornadas de trabalho, pois o ter se tornou mais importante que o ser, e assim seguimos, sempre achando um culpado. Vale ressaltar que se cada família acompanhar seu filho na escola, não delegar a formação íntegra do cidadao apenas aos professores, pois a instituição escola oferece educação formal, mas valores a família transmite. ...Garanto que é preciso se fazer algo pois do jeito que está não podemos ficar. ...



Postar um comentário

0 Comentários