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Após desavenças, PSB divide o poder entre bancada de deputados para evitar novo “racha”

Laíse Lucatelli
Foto: Assessoria
Adilton Sachetti e Fábio Garcia dividem comando do PSB em MT
Adilton Sachetti e Fábio Garcia dividem comando do PSB em MT
Com a divisão de poder entre os deputados federais Fábio Garcia e Adilton Sachetti, a cúpula do PSB chegou a um entendimento e busca evitar um novo “racha”. Fábio, que é afilhado político do prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), vai assumir a presidência regional do partido, enquanto Sachetti, pertencente a outro grupo, vai ser o vice-presidente, além de ser o responsável pela indicação do secretário-geral.

Os deputados estaduais Oscar Bezerra, Eduardo Botelho e Max Russi, por sua vez, terão o comando do interior, indicando os presidentes das comissões provisórias municipais. O deputado estadual e o federal da sigla mais votados em cada município definirão, em conjunto, a direção do PSB naquele município.

Com essa nova configuração, a cúpula do PSB espera enterrar os desentendimentos que se acumularam ao longo da campanha eleitoral de 2014, quando Mauro Mendes, na condição de presidente estadual do partido, foi acusado de privilegiar algumas candidaturas em detrimento de outras.

O principal beneficiado por Mendes teria sido justamente Fábio Garcia, que era secretário de Governo de sua gestão. A campanha de Botelho para a Assembleia Legislativa também teria recebido atenção especial do prefeito. A atitude provocou ciúmes em candidatos que se sentiram “patrolados”.

O acordo de paz visa evitar que a sigla reviva a crise instalada quando Mauro Mendes começou a ganhar força no partido, ameaçando o poder que o então presidente da sigla, o deputado federal Valtenir Pereira, detinha dentro do PSB.

Tachado de centralizador pelo grupo de Mendes, o Valtenir enfrentou muitas brigas com os correligionários. Na primeira janela que se abriu, em 2013, o deputado saiu do PSB e foi para o novato PROS, levando consigo 11 dos 12 prefeitos do antigo partido – somente o prefeito da capital ficou para trás.

Com isso, Valtenir esvaziou o PSB em Mato Grosso e ganhou um novo partido para chefiar, além de permanecer na base da presidente Dilma Rousseff (PT), como desejava, em um momento que o PSB migrava para a oposição.

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