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Justiça cassa Walace e Lucimar deve assumir em Várzea Grande

O juiz da 58ª Zona Eleitoral, José Luiz Leite Lindote, cassou o mandato do prefeito Walace Guimarães (PMDB) e do vice-prefeito Wilton Coelho, o Wiltinho (PR), por abuso de poder político e econômico nas eleições municipais de 2012 e formação de caixa 2 em um montante de R$ 500 mil. Ainda cabe recurso da decisão no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e, posteriormente, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O magistrado determinou que o presidente da Câmara Municipal de Várzea Grande, Jânio Calistro (PMDB), assuma o Executivo somente por 24 horas. Encerrado o prazo, o cargo de prefeito deverá ser repassado à empresária Lucimar Campos (DEM), esposa do senador Jayme Campos (DEM) e segunda colocada na eleição municipal de 2012.

A punição é resultado de uma ação de investigação judicial eleitoral proposta pelo DEM que começou a tramitar na Justiça em 2013. Nela, Walace Guimarães e Wiltinho são acusados de formação de caixa 2 em campanha eleitoral, que é dinheiro não declarado à Justiça Eleitoral aplicado em gastos de campanha.

Conforme os autos do processo, houve despesas de R$ 56,9 mil antes da abertura da conta corrente de campanha, R$ 70 mil com produção de material audiovisual e R$ 296 mil com material impresso. Houve também indicativos de fraude na despesa com combustível, pois, numa frota de 115 veículos foi registrado gasto total de R$ 56,783 mil.

Ainda não foram registrados gastos com salários de motoristas veículos cedidos à campanha e energia elétrica. Além disso, houve comprovadas fraudes com transporte de eleitores, o que configura compra de votos.

A operação do esquema fraudulento de movimentação financeira teria sido conduzida por membros que compõem o primeiro escalão do município como o secretário de Finanças, Mauro Sabatini, o diretor do DAE (Departamento de Água e Esgoto), Evandro Gustavo Pontes e Silva, diretor do DAE (Departamento de Água e Esgoto) e Josias Guimarães, irmão do prefeito Walace Guimarães.

Para o magistrado, a movimentação financeira da conta bancária dos acusados demonstrou as irregularidades. “A quebra de sigilo bancário das pessoas físicas e jurídicas diretamente envolvidas com os candidatos, deferida pelo juiz eleitoral que me antecedeu, possibilitou a comprovação dos fatos alegados na peça exordial”, diz um dos trechos da decisão judicial.

A defesa do prefeito Walace Guimarães ingressou anteriormente com três pedidos para barrar o andamento da ação na Justiça Eleitoral. Um dos motivos seria o cerceamento de defesa e a tese de que o processo estaria prescrito.

Ambos os pedidos foram rechaçados pelo magistrado. “Em detida análise dos autos percebe-se que nem de longe houve cerceamento de defesa, a julgar pelas inúmeras manifestações das partes nos autos (requerente e requeridos), seja atendendo intimação do juízo para eventuais diligências que pretendiam requerer, seja em incidentes processuais, seja de forma voluntária, a qualquer tempo, pré e pós vista dos autos”, completou.

A cassação do mandato de Walace Guimarães acontece em um momento no qual o peemedebista planejava uma série de medidas de contenção de despesas. Ontem, foi oficializada a exoneração de 569 servidores comissionados com data retroativa a 30 de abril.

A reforma administrativa do município também resultou na redução em números de secretarias municipais. Houve redução de 19 para 15 pastas. Houve a extinção da secretaria de Assuntos Estratégicos e a fusão das secretarias de Planejamento, Finanças e Receita, que passou a ser denominada de Gestão Fazendária.


A secretaria de Esporte e Cultura agora está vinculada à Educação. As secretarias de Desenvolvimento Econômico e Turismo agora estão somadas com a de Desenvolvimento Urbano.

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